Previsto para ter as atividades iniciadas em abril, o Circular Cultural ainda não saiu do papel. O início definitivo de suas atividades deve ocorrer entre o final do mês e início de maio. Segundo Evania Maria Guilhon e Sá, chefe técnica da divisão de comunicação institucional da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, o programa vem passando por suas etapas de implantação desde a Semana do Calouro, quando foi feita a primeira experiência do serviço.
Ao contrário do que informaram os releases divulgados pela assessoria de imprensa da Reitoria, o circular se chamará “Giro Cultural”, e não “Circular Cultural”. “Inicialmente, pretendemos fazer uma viagem pela manhã por pontos como o MAC e o IEB, com visitas nesses locais”, informa Evani Sá, “será uma demonstração do campus aos estudantes com paradas nos locais. Mas, com o tempo, haverá uma intensidade maior nas visitações”.
O objetivo do Giro Cultural, com isso, será divulgar os espaços e eventos culturais da USP. Às segundas, quartas e sextas-feiras haverá visitas monitoradas entre 14 e 15h30 passando por IEB, MAC, Museu do Brinquedo e Paço das Artes; além do tour monitorado pelo campus entre 9 e 10h30. Às terças e quintas-feiras as visitas serão entre as 9 e 10h30, passando pelo Acervo da Geociências, FMVZ (Anatomia e Veterinária), IB e IO; tour entre 14 e 15h30.
Com esta configuração, o trajeto atual dos circulares, feito de segunda à sexta-feira das 6 às 23 horas e nos fins de semana das 8 às 17 horas, passa a ser exclusividade do Busp. Entre os impactados com a decisão estão os trabalhadores terceirizados, em sua maioria moradores do Jardim São Remo. Com baixa renda e com o benefício do vale transporte negligenciado pelas empresas que os contratam, eles terão de ir a pé para o serviço.
Givanildo dos Santos, vice-presidente da Associação dos Moradores do Jardim São Remo e funcionário da USP, avisa: “vamos propor que o pessoal terceirizado entre no Busp e não pague”. Givanildo argumenta que a reitoria “disse que não tiraria o circular, temos isso gravado” e completa “isso deixa a gente muito sem saber qual será o próximo passo da Reitoria perante a nossa Comunidade”, em alusão ao projeto de reurbanização do Jardim São Remo, em curso.
