O professor Cícero de Araújo (FFLCH), entrevistado para a matéria da Comissão da Verdade da USP, publicada na edição 395, avaliou ter havido um engano na exposição de sua fala e quis esclarecer o equívoco na carta que o Jornal do Campus publica abaixo:
Em relação à matéria publicada no número anterior do jornal, em que sou citado em entrevista, gostaria de fazer os seguintes esclarecimentos:
O primeiro é que a matéria está centrada no ato realizado na faculdade de direito pela instalação de uma comissão de verdade na USP. Como sou citado dentro dessa matéria, passa a idéia equivocada de que eu participei do ato, tal como os demais professores citados. Mas eu não participei do ato, nem apoio a orientação política que o animou.
O segundo, e mais importante, é que sou citado apenas numa frase, como se eu estivesse endossando a proposta da comissão de verdade da USP. Isso não corresponde ao meu ponto de vista. Eu disse que apoio a comissão nacional da verdade, tal como aprovada pelo congresso nacional e sancionada pela presidente da república, e não a comissão de verdade da USP. Eu disse, sim, que a USP poderia contribuir com a comissão nacional da verdade, através de depoimentos dos que viveram os tempos da repressão, e através da reconstrução dos projetos institucionais e acadêmicos em disputa na USP naquele período. Essa última contribuição poderia, inclusive, ajudar a orientar a discussão atual sobre a reforma da estrutura de poder da universidade.
Cicero Araujo, DCP/FFLCH-USP