Simpósio trata atualidade da esquerda na América Latina

O simpósio internacional “A Esquerda na América Latina”, que ocorre entre os dias 11 e 13 de setembro na FFLCH, vem para suprimir uma carência nesta área de discussão: o percurso histórico fez com que o Brasil se afastasse de seus “hermanos”.

O simpósio busca essa reaproximação, mesmo que não seja possível superá-la completamente. “Claro que não vamos superar essa alienação com um simpósio”, afirma Osvaldo Coggiola, professor do Departamento de História e organizador do evento.

O encontro conta com debates sobre questões políticas atuais: “Eu vou fazer parte de uma mesa sobre zapatismo”, conta Jorge Grespan, também professor da História e organizador do simpósio. “Vou me concentrar na figura do Zapata, mas para que a discussão possa dar subsídios para se entender o zapatismo atual e as questões atuais”, explica.

Coggiola comenta que “nesse momento, na América Latina, temos uma série de governos de esquerda quebrando uma tradição histórica”. Por isso, as mesas são compostas de pós-graduandos que desenvolvem pesquisas atuais, além de nomes como André Singer, Margareth Rago e Plínio de Arruda Sampaio.

Mesmo com essa distância histórica e linguística, muitos elementos são comuns aos países da América Latina. Grupos europeus que estudam a cultura ibero-americana conseguem desenvolver pontos em comum que o próprio Brasil não explora. “Estreitar esses laços dentro da América Latina com outras universidades e grupos de pesquisa é fundamental para podermos nos dar conta dessas semelhanças e entender as diferenças”, explica Grespan.