Apesar do equilíbrio, David Campbell, primeiro lugar no ranking, é o grande favorito.“Ele não perde há muito tempo”, diz o vice no ranking
No sábado (29) teve início a 26ª edição do Torneio Individual Interno de Tênis Cepeusp, que deve terminar no mês de dezembro. O campeonato teve participação recorde neste ano, contando com 158 atletas, sendo 33 mulheres, divididas em três categorias, e 125 homens, divididos em seis. Segundo o atleta número dois no ranking de tenistas do CEPE, Vitor Sartori, por volta de seis atletas têm condições de brigar pelo título na categoria avançada. “O David é o favorito, mas sempre fiz bons jogos com ele”, afirma o jogador, referindo-se a David Campbell, atleta formado na FFLCH e primeiro lugar no ranking. “Ele não perde há muito tempo”.
Sartori participou do torneio no ano passado e terminou em terceiro lugar. Para ele, o nível na categoria avançada, que engloba atletas com quatro anos ou mais de prática, é alto, mas, como em qualquer competição, os mais bem ranqueados vêm mais preparados. O professor de tênis do CEPE, Thales Bon, um dos organizadores, ressalta que os melhores da USP estão participando: “O Nº1 (Campbell) ganhou a Copa USP”. Para Sartori, um dos diferenciais do líder é que “ele tem a cabeça muito boa”, e o psicológico pode influenciar em uma partida de tênis.
Participam do Torneio estudantes e ex-estudantes da USP, professores, funcionários, alunos de tênis no Cepeusp, mas que não são da universidade e dependentes (filhos e cônjuges). Nota-se que os três melhores atletas do ranking não estão na graduação e já tem idade um pouco avançada para o esporte. “Eu tenho 27, o David tem 33 e o José Aparecido (funcionário da USP que ocupa terceiro lugar no ranking) tem 40”, conta Sartori. “O próprio perfil dos atletas está mudando. Antes existiam mais tenistas que se baseavam na força e hoje tem jogadores que controlam mais a bola”, explica.
Tênis universitário
Nas aulas de tênis do Cepeusp, estão matriculados por volta de 150 alunos. São nove quadras na USP. Além disso, existem todos aqueles que treinam vinculados às atléticas. “A estrutura é razoável para o que temos de atletas”, afirma o professor Bon. “Em relação a outras universidades, ela é excepcional. Uma vez vieram atletas de fora treinar aqui e disseram que existem universidades no Estados Unidos que não têm o que a gente tem aqui”, exemplifica. A falta de espaço seria um empecilho para a construção de novas quadras. Bon destaca que, apesar de alguns atletas participarem de torneios
fora do esporte universitário, é impossível, no Brasil, equiparar com o nível profissional. Na relação com outras universidades, porém, a USP tem destaque. Sartori treina desde 2006 e, sempre que pode, participa de torneios pela Associação Atlética Acadêmica (AAA) XI de Agosto, da Faculdade de Direito. “O nível sempre foi equilibrado com o do Mackenzie ou da PUC”, conta o jogador. Ele foi vice-campeão na categoria individual dos Jogos da Liga no ano passado.
Entre as categorias, o professor Bon mostra a importância para a Sênior, que engloba jogadores de 45 anos ou mais. “Pode estar chovendo, pode estar frio, mas eles sempre vêm treinar”, conta, apontando para a turma de por volta de dez atletas. Segundo ele, o tênis é uma forma importante para trazer saúde e bem estar para esse público, e eles reconhecem a necessidade da prática esportiva.