USP não reconhece professores de CEIs

Funcionários dos Centros de Educação Infantil (CEIs) mantidos pela Superintendência de Assistência Social (SAS) realizaram, nos dias 15 e 16 de outubro, manifestações em frente à Reitoria.

Segundo Cristina Mara Correa, professora de Dança Criativa em uma das duas creches da Cidade Universitária – são cinco no total –, o principal motivo das manifestações é o enquadramento funcional dos educadores. “Nós somos registrados como Técnicos de Apoio Educativo, mas queremos ser reconhecidos como professores. É uma questão de dignidade.”

O trabalho de Crismara, como é mais conhecida, acaba de receber o Prêmio Victor Civita – Educador Nota 10. “É uma contradição muito grande. Enquanto fico extremamente feliz, também fico muito chateada porque a maior universidade do país não reconhece o meu esforço e o dos meus colegas”, explica.

Para que o status desses profissionais seja modificado, é necessária a elaboração de um projeto de lei, que deverá ser aprovado pela Assembleia Legislativa Estadual e sancionada pelo governador. Segundo Lizete Regina Gomes, diretora da Faculdade de Educação (FE) e membro da comissão responsável pela elaboração do projeto, o texto já foi encaminhado ao reitor, que deve despachá-lo para a Secretaria de Gestão Pública. “Essa alteração do status é importante. Assim, os professores poderão ter reconhecida a sua jornada, que deve ser mais flexível, pois eles têm aulas de manhã, de tarde, além de reuniões com os pais no período da noite”, explica Lizete.