Atuação do DCE é tema mais criticado em debate

A atual gestão e a articulação do movimento estudantil em geral foram os tópicos mais discutido em evento realizado pelo centro acadêmico da FEA

As eleições para o DCE movimentaram a comunidade universitária da USP entre os dias 27 e 29 de novembro. Com o intúito de contribuir para o momento eleitoral, o Centro Acadêmico Visconde de Cairu (CAVC), da FEA, organizou um debate (21.11) entre as sete chapas concorrentes.

Infográfico: Sofia Soares

 

No debate, o movimento estudantil (ME) da USP e a atual gestão do DCE foram criticados. João Moraes Abreu, do CAVC, acredita que haja em toda a USP a visão de um DCE enfraquecido e que reverter tal quadro seria um dos motivos para fazer o debate. “Por ser a instituição máxima de representação dos alunos, o DCE não pode ter sua legitimidade abalada, pois é o próprio corpo discente que sofre com este cenário”, afirma.
Weslley Lino, conhecido como “Finin”, do curso de pedagogia de Ribeirão Preto e integrante da chapa É USP Então, afirmou que o DCE encontra-se muito distante dos alunos, sobretudo daqueles dos campi do interior.
Márcio Becker Gois, aluno de filosofia da FFLCH e membro da chapa (R)evolução, criticou o autoritarismo dentro do próprio ME. Ele chamou a atenção também para a desorganização do setor financeiro da entidade estudantil, que não possui uma prática mensal de prestação de contas. “Basta você acessar os sites do Gpoli, do CAVC ou do XI de Agosto e a prestação de contas estará lá, acessível a todos”, exemplifica.
A chapa Cícera criticou a comemoração da subida da USP nos rankings de excelência: “A mídia comemora sem questionar os critérios desses rankings. O que tem que ser prioridade da universidade é a produção de conhecimento a favor da população, que é quem a sustenta”, considerou Fernando Pardal, pós-graduando da FFLCH
Sobre Extensão, Felipe Faria, aluno de relações internacionais e membro da chapa Não Vou Me Adaptar, ressaltou a importância deste pilar universitário, mas questionou a concepção de Extensão que inclui na sua lista cursos pagos que, segundo ele, são feitos para uma minoria capaz de financiá-los.
A chapa Universidade em Movimento, questionada pela NVMA sobre a reivindicação de diretas para reitor, afirmou que acredita ser esta uma das etapas da luta por democracia na USP. “Mas não será o suficiente se esta estrutura de poder for mantida: Conselho Universitários e comissões que decidem os rumos da universidade com uma representação inexpressiva de alunos e funcionários”, rebateu Pedro Charbel, integrante da chapa e estudante de relações internacionais.
Para João, do CAVC, mesmo com as divergências entre as chapas, o saldo do debate foi positivo: “O aluno que chegou com poucas ideias a respeito de cada chapa deve ter conseguido formar uma opinião bastante sólida e se não se decidiu totalmente, no mínimo eliminou várias chapas com as quais diverge”.

OS PONTOS DESTACADOS POR CADA CHAPA AO LONGO DO DEBATE: