O projeto “Bandeira Científica”, organizado por alunos da USP, levará 200 pessoas para prestar atendimentos de saúde e atividades sociais na cidade de Afogados da Ingazeira (PE), durante os dias 8 e 19 de dezembro.
A “Bandeira Científica” é um projeto idealizado e posto em prática nos anos 50 pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Interrompido durante o regime militar, ele foi retomado em 1998 com o objetivo de promover assistência à população de cidades carentes, além de fomentar o papel educacional e de pesquisa dos próprios estudantes da faculdade. Com o passar do tempo, outras unidades da universidade foram incorporadas ao projeto.
Neste ano, os 200 alunos pertencentes ao projeto irão para a cidade Afogados da Ingazeira, que possui 35 mil habitantes. No último relatório do Programa da ONU para o desenvolvimento, a cidade pontou 0,683 no Índice de Desenvolvimento Humano, pontuação considerada média.
Atuação
O atendimento médico aos afogadenses começará a partir de uma triagem na Clínica Geral. De lá, os pacientes serão encaminhados para especialidades como oftalmologia, pediatria, otorrinolaringologia, entre outros. Estudantes de Odontologia, Psicologia, Terapia Ocupacional, Nutrição e Fonologia também prestarão atendimento e farão atividades educativas com a população.
Alunos de outras faculdades também irão desenvolver projetos para infraestrutura e planejamento. Estudantes da Escola Superior de Agricultura farão atividades ligadas à agricultura nas comunidades rurais. Já a Escola Politécnica planeja atividades de mapeamento do saneamento básico, abastecimento de água e compostagem.
A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade realizará ações com o objetivo de melhorar a gestão das organizações locais. Enquanto isso, alunos da Escola de Comunicações e Artes serão responsáveis por documentar a expedição em fotos e documentários.
Para Marcelo Pellegrini, estudante de Jornalismo e membro do projeto, a Bandeira Científica é “uma experiência única, em que você pode imergir em uma realidade diferente a que estamos acostumados”.
