Conheça as chapas que estão concorrendo ao DCE-Livre da USP

Começou a corrida eleitoral para o Diretório Central dos Estudantes Livre da USP (DCE). As chapas se inscreveram na última sexta-feira (09/11): são sete chapas concorrendo nas eleições que, por decisão do XI Congresso dos Estudantes da USP, foram mantidas para os dias 27, 28 e 29 de novembro.

Universidade em Movimento

Lissa Marchesini

Lissa Marchesini
20 anos
Letras
(FFLCH – 2º ano)

Pra que formar uma chapa pro DCE?
Resolvi entrar na chapa Universidade em Movimento porque acredito movimento estudantil deve ser mais plural. Ele tem que abrigar as diferentes opiniões dos estudantes da USP, e tem que saber respeitar essas diferentes opiniões. Para isso, ele não pode ser tocado somente por um grupo político com a preocupação de construir somente suas próprias pautas.

Por que a sua chapa?
Exatamente por haver essa necessidade na USP de renovar o movimento estudantil, a chapa Universidade em Movimento está se propondo a colocar isso em pauta. Queremos construir o movimento estudantil junto com os centros acadêmicos, com os diferentes cursos, uma gestão que seja formada coletivamente. A nossa chapa quer uma universidade popular, que tenha uma política de por cotas, que tenha a cara dos estudantes da USP; por todos esses motivos eu acredito que essa seja a melhor chapa.

Cícera: negra, terceirizada, morta na São Remo pela PM
Isabela Mariotto
20 anos
Letras
(FFLCH – 3º ano)

Pra que formar uma chapa pro DCE?
É muito importante, essencial na verdade, para além de ganhar as eleições, participar desse processo. Há muito pra se aprender nessa práxis. É uma forma de eu me colocar, me posicionar politicamente dentro do local onde eu estudo e onde temos várias pessoas reprimidas. No atual contexto da universidade é ainda mais importante se articular por uma luta, além da questão de estar em uma chapa ou em outra.

Por que a sua chapa?
O nome da chapa já diz muita coisa e dialoga muito com o nosso programa. Procuramos sempre pensar na aliança dos estudantes com os funcionários da USP porque não podemos nunca nos esquecer dessa realidade. O que está acontecendo agora na São Remo é crucial, do meu ponto de vista. Nossa chapa não deixa as questões que estão circundando a universidade de fora. Temos que colocar essas questões em pauta no movimento estudantil e não separar essas realidades que não são discussões separadas. É sempre importante levantar esse ponto de vista mais real, não somente estudantil.

(R)Evolução USP

Márcio Becker Gois

Márcio Becker Gois
42 anos
Filosofia
(FFLCH – 3º ano)

Pra que formar uma chapa pro DCE?
O (R)Evolução USP é um grupo que já existe desde outubro do ano passado, já com uma proposta de democratização do movimento estudantil, inclusive de reestruturação física, jurídica e financeira da entidade, Nossa proposta veio dentro da FFLCH e foi se ampliando para outras pessoas, criando afinidade com outros grupos dentro da USP. Então criar um novo movimento estudantil que seja democrático, participativo e representativo, vem dentro da proposta do grupo. A criação para uma chapa do DCE foi estudada desde o ano passado, acompanhamos tudo o que aconteceu dentro da eleição passada já com essa proposta em mente. Queremos ampliar esse movimento e colocar nossas propostas em prática, o que já é feito em alguns centros acadêmicos.

Por que a sua chapa?
O estudante que se identifica com essa proposta deve votar em nós. Tem muita gente insatisfeita com o movimento estudantil da USP, que ficou assustada com o que aconteceu recentemente, que não se sente representada, que se sente agredida, ofendida e que acha que o movimento é sectário, e ele é mesmo. Nesse caso, a proposta que a gente oferece é que os estudantes, os centros acadêmicos e as unidades, tenham uma participação legítima dentro da gestão, o que é direito deles.

Território Livre

Rodrigo Antonio

Rodrigo Antonio
34 anos
Letras
(FFLCH – Mestrado)

Pra que formar uma chapa pro DCE?
Não se trata apenas de formar uma chapa para o DCE, mas de organizar uma tendência estudantil que tenha um pensamento mais fértil sobre o que significa lutar na universidade. O Território Livre defende uma posição que se contraponha à miséria do movimento estudantil atual, que se baseia, em geral, na autoconstrução de grupos políticos em detrimento de uma perspectiva que aponte para a real participação dos estudantes. Defendemos também um combate mais expressivo à repressão que vivemos aqui dentro, que cerceia a busca pelo livre conhecimento e que revela uma questão geral de repressão fora da USP.

Por que a sua chapa?
Mais do que votar, o que propomos aos estudantes é um olhar crítico no sentido de politizar o processo eleitoral e, mais do que isso, ressaltamos que a luta na universidade não se dá nos limites estreitos dos calendários eleitorais, mas por meio da auto-organização estudantil, por meio de sua livre produção cultural e política. O DCE deve servir pra catalisar essa produção estudantil de uma maneira mais ampla e não refreá-la.

Não Vou Me Adaptar

Giulia Tadini

Giulia Tadini
23 anos
Ciências Sociais
(FFLCH – 5º ano)

Pra que formar uma chapa pro DCE?
Eu resolvi fazer parte de uma chapa por conta do momento que vivemos hoje na universidade de autoritarismo e da necessidade que existe de termos um movimento estudantil forte pra dar resposta a essas medidas antidemocráticas que vêm ocorrendo. A gestão Rodas foi um ápice da falta de democracia da USP. Por isso acredito que é preciso ter um movimento presente em diversos cursos, em diversos campi, para que ano que vem a gente tenha de fato vitórias em relação aos acúmulos e às reivindicações que o movimento tem.

 

Por que a sua chapa?
A gente acredita que a tarefa para o movimento estudantil é a luta por mais democracia. Até porque temos eleições para reitor em 2013. Esse ano já tivemos passos importantes, o plebiscito pela democratização e o XI Congresso dos Estudantes. Ano que vem é o ano da gente concretizar as deliberações do Congresso. Somente um movimento estudantil forte, com independência da reitoria, que de fato esteja presente nos cursos vai ter força pra termos vitória. E acho que a nossa chapa por estar presente em diversos cursos e campi pode organizar o movimento neste sentido. Ano que vem segue o desafio de termos mais democracia na universidade e diretas para reitor.

27 de Outubro

João Silva

 João Silva
32 anos
Letras
(FFLCH – 3º ano)

Pra que formar uma chapa pro DCE?
A chapa é um movimento que vem seguindo desde o ano passado. O nome dela, 27 de outubro, vem do dia em que a PM prendeu três estudantes. As eleições, apesar de serem muito curtas, vão possibilitar esse debate sobre as questões da reitoria, do Rodas, da PM, dos processos e de mais uma série de coisas que estão acontecendo aqui. A partir das eleições, podemos apresentar uma proposta de ação dos estudantes contra a ditadura que tem na USP.

Por que a sua chapa?
Nossa chapa não tem uma intenção eleitoreira, do tipo “queremos ganhar o DCE”. Nossa participação é nesse sentido de dar uma proposta de luta para os estudantes. A chapa vem do ano passado, é feita por estudantes que ocuparam a reitoria e a diretoria da FFLCH, e que fizeram a greve. Queremos que os estudantes apóiem a chapa como centro de organização para as lutas dos estudantes, coisa que o DCE e nem outras organizações fazem.

É USP Então

Paolo Imori

Paolo Imori
21 anos
Economia
(FEA-RP – 4º ano)

Pra que formar uma chapa pro DCE?
Resolvemos montar a chapa quando percebemos que é possível haver um diálogo maior com a direção para realmente conseguirmos solucionar os problemas do nosso campus, com boa atuação da Liga das Atleticas da USP de Ribeirao Preto (Laurp) e Deserp, através de nossos representantes discentes nesse ponto. Há coisas para melhorar em todos os campi e temos total interesse nisso.

Por que a sua chapa?
Estamos focados em resolver problemas do dia a dia do aluno. Questões como segurança, problemas de infra-estrutura e transporte interno, moradias, além da criação de meios para levarmos os problemas dos alunos à direção, expondo nossas demandas e procurando meios para resolver as situações apresentadas.