Plínio de Arruda se propõe a fazer defesa oral no julgamento dos 72 da USP

Ato do DCE da USP reuniu alunos, intelectuais e entidades em apoio ao Movimento Estudantil
Estudantes, intelectuais e representantes de entidades participaram do ato (foto: Talita Nascimento)
Estudantes, intelectuais e representantes de entidades participaram do ato (foto: Talita Nascimento)

“O importante aqui não é a minha palavra, mas minha presença. Estou com os estudantes”, foi o que disse Plínio de Arruda Sampaio em sua rápida fala no Ato Público da Calourada Unificada, que aconteceu no Auditório da História, na noite da última quarta-feira (27). Durante o discurso, que não durou mais do que cinco minutos, o ex-candidato do PSOL declarou que, caso nomeado pelos réus, está disposto a defender oralmente no tribunal os 72 estudantes e funcionários que estão sendo processados em função da ocupação da reitoria da USP em novembro de 2011. Além disso, deixou claro que, como ex-promotor, considera as acusações – que incluem formação de quadrilha, danos ao patrimônio público, pichação, desobediência a ordem judicial e posse de substância explosiva –, e a pena decorrente (máxima de 6 anos por todos os crimes) absurdas.

O evento organizado pelo DCE Livre da USP tinha por objetivo protestar contra a criminalização do Movimento Estudantil (ME) e pedir por democracia na Universidade. O político fazia parte de uma mesa composta por intelectuais, militantes e representantes de entidades que apoiam o ME, tais como Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Associação dos Docentes da USP (Adusp) e Sindicato dos Metroviários. Com o auditório completamente lotado, havia pessoas acompanhando o evento do lado de fora, por meio de equipamento de som instalado pelo DCE.

A cobertura completa do ato será publicada na edição 405 do Jornal do Campus, disponível em 13 de março.