Cinco são indiciados no Butantan

O Ministério Público denunciou cinco pessoas pelo incêndio ocorrido no Instituto Butantan, em maio de 2010. Eles foram denunciados por imprudência e negligência em diversas circunstâncias. Dentre as negligências, autorizar a construção do mezanino sem alvará municipal para a obra, permitir o armazenamento de produtos inflamáveis e de fácil combustão e por manter o território em condições demasiadamente perigosas.

Todos foram indiciados na forma culposa, quando não há intenção de se cometer o crime. A denúncia é feita com base no relatório final do Ministério Público sobre a investigação do incêndio, concluído em 2011.

Dentre os denunciados estão o então diretor-geral, Otávio Azevedo Mercadante; o diretor administrativo, Ricardo Braga de Souza; o diretor do Laboratório de Ecologia e Evolução, Otávio Augusto Vuolo Marques; a pesquisadora científica de serpentes, Selma Maria de Almeida Santos, e o engenheiro responsável pela manutenção das edificações, Carlos Ely Almeida Correia.

O incêndio, que atingiu o Laboratório de Répteis, queimou cerca de 70 mil das espécies conservadas no local e parte da biblioteca científica com obras raras, segundo contabilidade feita pela própria instituição.

O Instituto Butantan afirmou não ter um pronunciamento oficial a respeito da denúncia anunciada na última semana e aguarda a sinalização do processo que punirá os responsáveis.