Meca reúne arte experimental de alunos

Mostra dá espaço às produções artísticas de diferentes Departamentos da ECA

A Mostra Experimental de Comunicações e Artes (Meca) surgiu a partir de uma ideia entre os integrantes do Centro Acadêmico Lupe Cotrim (CALC), da Escola de Comunicações e Artes (ECA), e os alunos do Departamento de Artes Cênicas (CAC). Realizada de 04 a 08 de março, a Mostra buscou criar uma integração maior entre as experimentações artísticas realizadas nos diferentes departamentos para apresentá-las aos ingressantes da Escola.

Utilizando como inspiração a Mostra CAC, realizada pelos alunos das artes cênicas na primeira semana de aula para apresentar a arte realizada no Departamento, o CALC trouxe a iniciativa de extrapolar a ideia e promover apresentações para os demais departamentos. “Dessa forma poderíamos articular uma mostra que abrangesse não só o CAC, mas toda a ECA”, conta Beatriz Pomar, uma das organizadoras. A partir disso, a Mostra reuniu representantes de todos os departamentos, que organizaram em cada unidade suas próprias intervenções.

Meca buscou criar integração maior entre as experimentações artísticas dos departamentos da ECA (Ilustração: Marcelo Marchetti)
Meca buscou criar integração maior entre as experimentações artísticas dos departamentos da ECA (Ilustração: Marcelo Marchetti)

A Mostra contou com três apresentações de curtas-metragens e documentários, apresentações dos alunos do Departamento de Música (CMU), atividades organizadas pelo CALC e apresentações teatrais.

Cabeça Rolando

“Após a morte de Xuxa Meneghel, cinco minutos de Tchekhov para você”, resume a estudante de Artes Cênicas, Mariana Xisto. O que liga a apresentadora infantil e o contista russo só soube quem assistiu a peça A Morte de Xuxa Meneghel, do grupo “Baixinhos em Transe”, no primeiro dia da Meca.
Apesar da repercussão, a intervenção surgiu de forma descompromissada. “A ideia nasceu de uma conversa de bar que produziu muito mais material do que imaginávamos. A partir daí, veio a vontade de fazer acontecer a brincadeira”, conta Mariana Costa de Chirico, uma das criadoras da intervenção. “O nome A Morte de Xuxa Meneghel conquistou pessoas rapidamente para trabalharem conosco. Chamamos alguns amigos pra tirar o plano do papel e a Meca veio como estímulo para montarmos alguma coisa”.

A “peça” fugiu das regras tradicionais – com muita produção, figurinos, cenários e falas fixas. “Usamos pouco material do nosso próprio departamento. O que não tinha, improvisamos com nossas coisas”, conta. “Em um lugar de experimentação, a nossa brincadeira queria traduzir-se nisso mesmo, algo divertido de fazer”.

Mariana afirma que um dos grandes trunfos da Mostra foi a liberdade de criação para os envolvidos. “É bom poder ver o trabalho das outras pessoas, mas sem um compromisso de acabamento. A diversidade de linguagens é o que torna a Meca válida, principalmente para quem acabou de entrar na escola”, declara a estudante. “O interessante é esse panorama, que nos permite brincar com a nossa produção artística”.