O Ministério Público de São Paulo iniciou, no começo de fevereiro, procedimento preparatório para inquérito civil de dois concursos realizados pela Superintendência de Comunicação Social (SCS) da USP, para contratação de jornalistas. O pedido, assinado por 26 concursantes, é que se investigue uma improbidade administrativa.
A participação de pessoas que ocupam cargos de chefia na SCS foi um dos motivos de desconfiança. “Quando entramos com o pedido, não sabíamos ainda do resultado. Ao sair, só comprovamos nossas suspeitas”, relata Danilo Bueno, um dos assinantes. Ele estranha que a atual chefe de Mídias Online da SCS tenha sido a terceira classificada num concurso, e que o chefe de Mídias Audiovisuais, quarto colocado em outro. Danilo deixa claro que o pedido não é uma acusação. “Não sabemos quem é a banca examinadora e se ela tem conexões com o departamento. Nossa suspeita é que eles podem ser favorecidos, por ocuparem um cargo de chefia”.
Em nota, a assessoria de imprensa da USP alegou que “a elaboração, organização e desenvolvimento do referido processo seletivo seguiram todas as normas legais e administrativas que regem o serviço público”. A Procuradoria Geral da USP já prestou esclarecimentos ao Ministério Público, que irá decidir se se instaurará ou não um inquérito.