Alunos do interior reivindicam melhorias no espaço esportivo

Representantes das Atléticas e outras entidades de alguns campi da USP do interior paulista apontam problemas com as instalações físicas e com a estrutura esportiva de suas unidades.

O presidente do Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira (Caaso) da USP em São Carlos, Rafael Ferrer, informou que vêm acontecendo encontros entre uma comissão de alunos e docentes e o Conselho Gestor (CG) da unidade, a fim de verificar a possibilidade de melhorias estruturais. “Algumas das nossas instalações já estão passando por adequações, creio que seguindo a tendência nacional após o incêndio em Santa Maria. Mas continuamos em contato para outras ações que gerem melhoria”. Entre as estruturas esportivas presentes nos campi da cidade, estão cinco quadras, piscina, academia, campo de futebol e um ginásio poliesportivo.

Este último encontra-se interditado, de acordo com um diretor da Atlética Caaso que não quis se identificar. “O que foi passado é que o ginásio ficará fechado até meados de junho, então nesse intervalo estaremos sem um local para uso”. Segundo a mesma fonte, há problemas além do estado de conservação das construções. “O que estamos pleiteando é o custeio de outros itens que os alunos mesmo vinham cobrindo, mas que não temos conseguido arcar”. Estes itens foram também citados por Ferrer. “São equipamentos, compra de materiais esportivos e custos com treinadores que não temos condição de manter por conta própria. Por isso, na última reunião com o CG, dia 25 de abril, apresentamos essa dificuldade”. O CG ainda não fez um pronunciamento definitivo sobre a questão, segundo os alunos.

No campus de Ribeirão Preto, a demanda também é maior do que a estrutura oferecida pela unidade, de acordo com Rafael Lopes, presidente da Atlética da FMRP. “Antes do ingresso de outras graduações aqui em Ribeirão Preto, o ginásio atendia satisfatóriamente às necessidades dos seus usuários. Quando o número de alunos aumentou, a estrutura ficou insuficiente, então precisamos da construção de um novo espaço”. A situação é o mote da Associação Pró-Ginásio, fundada nos moldes atuais em 2002, mas cuja ideia existe desde 1986.

Lopes aponta falta de apoio da instituição, mas identifica um problema maior. “Não temos mágoa da unidade. Mesmo com ajuda quase zero, tem gente bem intencionada que é impedida de nos atender por causa da burocracia”.

Problemas na Each

O processo de licitação referente à reforma do Centro de Estudos e Prática de Atividade Física (Cepaf), ou Ginásio, na Zona Leste de São Paulo, continua em aberto. De acordo com o site da Superintendência do Espaço Físico (SEF), a abertura dos envelopes, que ocorreria no dia 14 de março, não se confirmou. O espaço completou um ano de interdição, sem previsão de reabertura. Georges Evangelos, presidente da Atlética da Each, confirmou que nada foi informado até o momento, “nem aos alunos, nem à Atlética”. O caso foi abordado pelo JC na edição 405.

Novamente, o JC buscou esclarecimentos da SEF, mas o responsável, professor Antonio Massola, não atendeu à reportagem até o fechamento desta edição.