Nova entidade quer incentivar esportes alternativos

Fundado por alunos da FEA, o grupo SURFEA realiza eventos para promover e estimular modalidades como surf e skate no ambiente universitário

Esportes radicais e chamados alternativos, como o surf, skate e slackline – esporte de equilíbrio sobre uma fita estreita – não estão presentes no ambiente esportivo universitário tradicional. Foi pensando nisso que Renato Seixas, estudante de Ciências Contábeis, teve a ideia de criar o SURFEA, entidade que pretende incentivar a prática desses esportes entre os universitários e unir aqueles que já os praticam. “O projeto envolve eventos para inserir no cotidiano da galera esse estilo de vida, o contato com esses esportes e o que proporcionam”, conta.

No dia 25 de maio, o SURFEA fez uma oficina de slackline no CEPE, porém desde o seu surgimento, há três meses, já promoveu na FEA a transmissão ao vivo da final das competições de skate do X-Games Brasil 2013 e uma ação com slackline, tarp surf – esporte em que um skatista desliza por uma lona gigante no chão, que ao ser puxada forma uma onda artificial – e exposição de fotos para divulgação doFestival Universitário de Surf 2013, do qual a equipe participou em maio.

Apesar do nome, o SURFEA pretende incentivar vários esportes alternativos, não só o surf. Para tirar o projeto do papel, Seixas também contou com a ajuda de Pedro Galvão, Guilherme Quivy, Bruno Nascimento e Thomas Ryu, todos da FEA. “Muita gente quer aprender a surfar ou andar de skate, mas não sabe por onde começar”, diz Galvão. “Queremos tornar o mundo do skate e do surf mais tangível para as pessoas”, completa Quivy.

Surf Universitário

A entidade é a primeira iniciativa na USP de incentivo a esses esportes, seguindo o exemplo de outras instituições, como o PUC Surf. Para Alexandre Zeni, que se formou na EEFE em 1997 e é fundador e presidente do Instituto Brasileiro de Surf (IBRASURF), o surgimento do SURFEA poderá contribuir para a divulgação do esporte no meio universitário. “Como alunos, eles conseguem promover o surf na USP, mobilizar e levar o esporte para outros estudantes”, declara.

Para ele, é importante conciliar o surf com educação e cultura, levar para o esporte o lado educacional e ao mesmo tempo trazê-lo para a área acadêmica, desenvolvendo pesquisas, por exemplo. “Iniciativas como o SURFEA e eventos de surf universitário mudam um pouco a imagem do esporte. Mostram que o surfista pode praticar, mas também estudar”, explica.

Festival de Surf

Nos dias 18 e 19 de maio, o SURFEA teve representação no Festival Universitário de Surf organizado pelo IBRASURF, em Maresias. Participaram das seis categorias do campeonato 108 atletas de seis Estados: Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Rio Grande do Norte.

A entidade uspiana participou da disputa entre equipes, na categoria tag team. Renato Seixas também competiu na categoria Masculina Paulistana, para universitários da capital paulista atualmente matriculados. Outro atleta da equipe foi Diego Haim, graduado na Poli em 2011, que competiu na categoria formados.

SURFEA competiu com uma equipe no Festival Universitário de Surf, em Maresias