Com sotaque carioca, sorriso no rosto e bom humor, o goleiro de handebol há cinco anos, Pedro Salvini Barbosa Martins da Fonseca tem 19 anos, 85 kg e 1,87m, é atleta profissional e cursa o 2º ano do curso de Educação Física da USP. “Dizem que para ser goleiro, você tem que ter uma genética. Normalmente, o goleiro é o gordinho, ou o cara ruim do time. Mas eu sempre fui porque eu gostava mesmo”, explica o esportista. Segundo Salvini, ele era gordinho e os pais obrigavam-no a praticar algum exercício físico.
No Rio de Janeiro, o goleiro começou sua vida esportiva no Petropolitano Foot-Ball Club, em Petrópolis, onde conheceu seu treinador, inspiração e estímulo para seguir a carreira profissional de “último homem do time”. “Dizem que goleiro é uma
posição privilegiada, porque você tem uma visão inteira do jogo”, completa. Pedro Salvini veio para São Paulo o ano passado com o objetivo de começar a treinar no Clube Pinheiros e de cursar USP. Com o objetivo traçado, hoje o goleiro faz parte
do Clube Hebraica, treina quatro vezes por semana, e faz parte da seleção brasileira de handebol.
Na USP, começou a jogar pela EEFE esse ano, depois que os treinos profissionais ficaram mais leves. Logo no primeiro jogo, o goleiro atuou contra a MED na Copa USP e ajudou o time a vencer. O goleiro explica que aprendeu e vem aprendendo muito com o esporte, principalmente a trabalhar em equipe e a aceitar as diversidades. “Você aprende a pensar no bem do grupo, você não pensa só em você”. Pedro Salvini revela seu ritual antes do jogo: gosta de colocar o fone de ouvido e se isolar em sua mente.
Em 2012 disputou o campeonato mundial na Argentina, em que participou da vitória da seleção juvenil. Neste ano, Pedro Salvini foi para o Campeonato Pan-Americano, e mesmo perdendo o ouro para a Argentina, por 2 gols de diferença (26 a 24), ele conta que entrou focado no jogo e se orgulha por ter alcançado mais de 50% de rendimento durante a partida, o que significa muito para um goleiro. “Eu trocaria todas as defesas pelo título. Só que o Handebol não é um jogo individual, não depende só de mim, depende de todo o resto do time”.
Salvini pretende jogar na Europa e talvez até se formar por lá. Depois que sua carreira como atleta profissional acabar, ele quer continuar na área, trabalhando com auxílio de rendimento dos atletas.
