Confrontos inesperados e resultados inéditos marcam as primeiras finais da Copa USP

Com confrontos inesperados, as etapas finais da Copa USP, que aconteceram nos dias 22 e 23 de junho, tiveram resultados não vistos há muito tempo na história de alguns times da universidade. Entre jogos de futebol de campo, futsal, vôlei e tênis, a modalidade de handebol e de basquete, tanto feminino como masculino, foram as que mais apresentaram novidades.

No feminino, o handebol trouxe resultados inéditos. O time de Relações Internacionais (RI) que nunca tinha ido para nenhuma final da Copa USP em 12 anos de curso, perdeu a final contra a Escola de Comunicações e Artes (ECA), mas se classificou para série azul do campeonato.

Carolina Cavanha de Azeredo Santos, aluna do 9º período de RI, conta que ficou feliz pela ECA. “Tenho grandes amigas lá, já dividimos o mesmo técnico, já treinamos juntas, e já nos enfrentamos diversas vezes! Mas fico mais feliz ainda por ter alcançado esse resultado ao lado de pessoas tão especiais e apesar de todas as adversidades. Esse mérito ninguém tira da gente, nem mesmo o leão”, desabafa.

ECA vence defesa de RI e leva ouro na Copa USP (Foto: Ecatlética / Divulgação)
ECA vence defesa de RI e leva ouro na Copa USP (Foto: Ecatlética / Divulgação)

Em um jogo disputado, com o placar se aproximando o tempo todo, a ECA não ficou de fora das surpresas. Sem ganhar uma final desde 2009, o resultado de 26×25 trouxe o ouro para o time ecano. “Nós já sabíamos que o jogo seria muito equilibrado desde o começo. São dois times que possuem características muito parecidas e que se conhecem muito bem (o Danilo Gagliardi, técnico de RI, é ex técnico da ECA). Tínhamos certeza que o jogo seria decidido nos detalhes: quem errasse menos e quem tivesse maior garra em quadra seria campeão”, conta a capitã do time, Patrícia Moreira Berto.

Ainda na modalidade feminina, o basquete também foi marcante. A final, disputada pelo time da Física e pela Escola de Educação Física e Esportes (EEFE), terminou em 40×21. Apesar da vitória da EEFE, as meninas da Física saíram orgulhosas. O time não ia para a final da Copa USP desde 2010. A aluna de doutorado, Thais dos Santos Silva, conta que a disputa foi acirrada e que era impossível prever quem iria ganhar o jogo. “O momento decisivo foi no quarto quarto quando a Física começou a ter dificuldades para sair da marcação forte da EFEE e começou a cometer erros que resultaram em diversos contra-ataques”, conta.

Nas modalidades masculinas, destaque para o basquete, com a final entre a Faculdade de Direito (Sanfran) e a EEFE. O resultado do jogo, 58×52, trouxe o ouro para a Sanfran pela primeira vez. “O time da EFEE era tecnicamente melhor que o nosso e tínhamos consciência disso. O momento mais decisivo foram os lances livres finais, do último quarto, que nos garantiram a vitória mesmo com a marcação pressão da EFEE”, conta o armador e ala do time, Douglas Couto de Oliveira.

O time passou por um momento de reestruração recentemente, e a aposta foi feita na melhor qualidade da equipe: a defesa. “Conseguimos entrar bem, e viramos para o terceiro quarto vencendo por 10 pontos, com o time inteiro pontuando e defendendo muito bem. Mas a EEFE conseguiu se recuperar, e foi tirando a diferença. Chegou uma hora que cometemos vários erros na sequência e que parecia que íamos acabar entregando o jogo. Mas, conseguimos nos recuperar, sempre partindo de uma defesa forte. Errávamos no ataque, mas compensávamos lá atrás”, explicou Guilherme Vieira de Camargo, titular do time.

Entre outros resultados, destaques também para o time de handebol masculino da EEFE que depois de anos foi para a final da Copa USP e se fez campeão em um jogo de 26×25 contra a Faculdade de Medicina (MED), superando ainda a hegemonia da Faculdade de Economia e Administração (FEA). Campeã dos últimos cinco anos, a equipe feana perdeu nas semifinais para a EEFE e terminou em quarto lugar na competição, em disputa de terceiro lugar contra a FFLCH.