A chapa conquistou 64% dos votos totais na representação discente da Associação dos Pós-Graduandos
Duas eleições envolvendo os pós-graduandos aconteceram neste mês: uma para a Diretoria da APG Helenira “Preta” Resende, de São Paulo, e outra para representantes discentes (RDs) junto aos Conselhos Centrais. O nome da Associação dos Pós-Graduando é em homenagem à famosa guerrilheira e militante estudantil brasileira. As eleições que aconteciam no mesmo momento (nos dias 6, 7 e 8 de agosto), mas em universos diferentes, já que na primeira apenas os alunos da capital votam e na última todos os alunos da USP compreendem o colégio eleitoral.
A chapa que antes era uma minoria, a “Unindo as Forças – lutando por todos”, decidiu por só concorrer para representação discente, por não compactuar com o modelo de gestão da APG como única instância democrática, e venceu no interior, enquanto a “Política Contra a Barbárie” permaneceu vitoriosa na cidade de São Paulo.
Mesmo com a vitória na capital pela chapa de situação, o sucesso da antiga minoria foi notável nos outros campi. Segundo documentos de apuração, a chapa “Unindo as Forças” conquistou 64% dos votos. A principal fonte de votos foi a unidade de Ribeirão Preto, com 364 votos contra apenas 11 para a “Política contra a Barbárie”. Por outro lado, esta venceu na capital por aproximadamente o dobro dos votos: 363 contra 181.
Maria Carlotto, representante da comissão eleitoral, explica o função de cada um dos cargos. “A APG-capital é uma entidade representativa, assim como o DCE, os Centros Acadêmicos, a ADUSP e o SINTUSP. Ou seja, ela representa os alunos de pós-graduação da USP-capital em geral. Já os RDs são representantes dos pós-graduandos exclusivamente nos conselhos centrais para os quais são eleitos”.
O sistema nessa eleição é de votos proporcionais, não havendo uma chapa única vencedora, diferente da eleição para a Diretoria, na qual a chapa que tiver 50% + 1 dos votos ganha toda a gestão. Sendo assim, a “Unidos as Forças” compõe a maioria nos representantes discentes, mas a “Política contra a Barbárie” continua a ser a chapa que controla a Diretoria da APG da Capital Helenira “Preta” Rezende.