Obras não iluminam áreas problemáticas

Mais de dois anos após a liberação do edital para licitação, finalmente é colocado em prática o  projeto da nova iluminação na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira. As obras, que tiveram início em maio desse ano, não dão prioridade aos pontos de maior reclamação dos estudantes como a Rua do Matão e a Rua do Lago.

A Prefeitura do Campus justificou que as obras tiveram início pelos locais onde existe um maior fluxo de pessoas que utilizam as áreas comuns no horário noturno; isto é, onde estão localizadas as Unidades com maior número de cursos noturnos. Avenidas principais como Avenida Professor Luciano Gualberto (a Rua dos Bancos) e a Avenida Professor Melo Morais (a Avenida da Raia); a Praça do Relógio e os estacionamentos da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e da Escola Politécnica (Poli) estão entre as regiões selecionadas. Enquanto algumas vias secundárias começarão só depois.

 

“O campus tem um projeto urbano onde o uso de carro é priorizado e sua característica unifuncional o esvazia em todos os períodos do dia e em todos os dias da semana” diz Eugênia Hanitzsch, estudante do curso de Design (exclusivamente noturno) e uma das organizadoras da Passeata das Lanternas, uma movimentação onde estudantes iluminaram regiões escuras do Campus com lanternas e velas realizada no final de 2011.

 Praça do Relógio

Na madrugada do dia 9 de agosto (sexta-feira) dois guardas da Superintendência de Proteção e Prevenção Universitária buscavam com lanternas um “homem de jaqueta jeans” que perseguiu uma estudante na Praça do Relógio. A região está há mais de 4 semanas sem iluminação e a Prefeitura do Campus afirma que as escavações danificaram a fiação existente e que procuram restabelecer a luz no menor prazo possível. O mesmo não aconteceu em outros pontos também em obras, mas ainda iluminados.

Além da falta de iluminação, a praça teve o calçamento bastante prejudicado, o que debilita ainda mais a passagem dos pedestres. “[A falta de luz] é muito prejudicial aos frequentadores do campus, assim como a má condição do piso. Mas é claro que reformas são necessárias e precisamos entender que, enquanto elas estão sendo realizadas, inevitavelmente se é obrigado a conviver com uma situação desagradável”, complementa Eugênia. A Prefeitura ressaltou ainda que a região conta também com uma reforma em todo o calçamento em andamento em que todos os danos serão reparados junto à substituição do piso.