O campus da USP em Santos será reformado e ampliado, passando a contar com mais cursos de graduação e pós-graduação. Implementado no ano passado, atualmente abriga os cursos de graduação em Engenharia do Petróleo, Licenciatura em Ciências e Especialização em Ética, Valores e Cidadania na Escola.
Os novos cursos, ainda não definidos, serão oferecidos no vestibular de 2016. O atual prédio está localizado no bairro Vila Mathias, datado de 1900 e foi projetado por Ramos de Azevedo, primeiro vice-diretor da Escola Politécnica.
O prédio antigo será reformado e atrás deste um novo edifício será erguido. Segundo a assessoria de imprensa da Universidade, o projeto do novo prédio deverá ser concluído ainda este ano, a partir do que será calculado o prazo para o fim das obras. A estimativa é de que a área total do campus atinja os 20 mil metros quadrados, somados os atuais 5 mil metros quadrados.
De acordo com informações da assessoria da prefeitura de Santos, foi firmado um termo de cooperação técnica com a USP, em agosto, onde a prefeitura cede dois terrenos para a ampliação do campus. O documento vigorará por cinco anos, e poderá ser renovado, além de determinar que as obras devem ser iniciadas, no máximo, em até julho de 2014.
Conforme o termo, a implementação do campus será vinculada à integração da universidade ao Porto de Santos, onde possuirá um pólo de pesquisa. A utilização dos armazéns para abrigar a base universitária faz parte também de um projeto de revitalização da estrutura portuária, feito em parceria com a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo). Além disso, em frente ao armazém de pesquisa funcionará o Museu de Pesquisa da Antártida, dentro do navio oceanográfico Besnard, que parou de realizar expedições em 2008 devido a um incêndio.
O primeiro curso da USP Santos, a graduação em Engenharia do Petróleo, foi transferido em 2012 da Escola Politécnica, localizada na Cidade Universitária de São Paulo. A primeira turma a iniciar os estudos em Santos contou com apenas dez alunos devido ao número reduzido de vagas oferecidas. No entanto, no vestibular seguinte, o número de vagas passou a 50, não alterando a alta concorrência, que ultrapassou os 40 candidatos por vaga. A transferência do curso para a Baixada Santista aproveita o potencial petrolífero do litoral paulista, ressaltado nos últimos anos pela exploração do pré-sal da Bacia de Santos.
