Adusp define eixos de sua mobilização

Docentes lançam campanha para potencializar a repercussão das manifestações pelas eleições diretas para reitor

Em sua última assembleia (15/10), que lotou a Auditório A1 do Instituto de Geociências, a Associação dos Docentes da USP (Adusp) aprovou a realização de uma semana de mobilização. As atividades, que tiveram início no dia seguinte à reunião continuarão até o dia 26 de outubro. Os eixos adotados pelo movimento são: “Estatuinte livre, democrática e soberana”, Eleições diretas e paritárias para reitor (a) e “Somos todos EACH!”.

Durante a assembleia também foram deliberadas ações consideradas importantes pela Adusp, como o repúdio às solicitações de reintegração de posse emitidas pela Reitoria, tanto em relação ao campus da Cidade Universitária quanto à EACH. A associação manifestou apoio ao juiz Adriano Laroca, que rejeitou a liminar de reintegração de posse requerida pela Reitoria, antes que o pedido fosse aceito pelo Tribunal de Justiça – mesmo com um prazo de 60 dias para as partes entrarem em acordo. A portaria que centraliza na Vice-Reitoria Executiva de Administração (VREA) despesas de alunos, servidores e visitantes também foi pauta da assembleia, sendo a Adusp favorável à sua revogação.

A respeito das decisões tomadas no dia 1° de outubro, a Adusp se posicionou contrária ao prazo restrito estipulado para a inscrição das chapas nesta eleição para reitor. Segundo a entidade, “João Grandino Rodas estabeleceu prazo exíguo para inscrições de chapas para reitor e vice-reitor, impossibilitando a articulação e candidaturas de chapas que não as originárias do poder central da USP”. Outro ponto de discordância levantado na assembleia foi o caráter informativo da consulta à comunidade USP sobre a escolha do novo reitor, o que não corresponde às reivindicações feitas pelos estudantes e docentes. De acordo com o último informativo emitido pela Adusp (21/10), “A deliberação do Conselho Universitário de 1º de outubro de consulta meramente indicativa para reitor e vice-reitor é um desrespeito ao corpo da universidade”.

A Adusp deseja ainda discutir os tópicos do esboço preliminar feito acerca do seu programa mínimo, uma agenda de temas pertinentes ao desenvolvimento da instituição, que deverá entrar em vigor a partir de 2014. As discussões giram em torno dos seguintes assuntos: democratização, carreira, transparência e condições dignas de trabalho, o que “é central na potencialização de nossas iniciativas estratégicas de luta no próximo período”. Nova assembléia da Adusp está prevista para quinta-feira (24/10) às 17 horas no Auditório da Faculdade de Educação.

Além das atividades organizadas pela comissão de mobilização, foi lançada a campanha “Eu quero votar para Reitor!”, que pode ser acessada por meio da página: www.adusp.org.br/peticao. O objetivo da iniciativa é ampliar o alcance das manifestações que visam alterar a estrutura de poder na USP. No dia 25/10 às 13 horas ocorrerá o debate “O que é Estatuinte” no auditório da História.