Competição integra categorias da USP

Torneio de tênis é caracterizada por interação de atletas com vínculo com o Cepe, mas de diferentes segmentos

Começou, no início do mês, a nova edição do Torneio Interno de Tênis do Cepeusp, cujo término se dará apenas em dezembro. A longa duração da competição se deve ao grande número de participantes (mais de 160). Tal contingente se deve à possibilidade, dada pelo regulamento do campeonato, da inscrição de atletas que pertencem a diferentes classes da universidade: alunos, professores, funcionários, ex-alunos e dependentes.

Segundo Thales Bon, professor de tênis do Cepe e organizador do torneio, essa abertura nas inscrições ocorre “por seguir as inscrições para os cursos de tênis do Cepeusp, abertos a todas essas classes e para a comunidade externa também”. “Por isso a ideia de fazer uma competição que não englobe apenas estudantes ou funcionários, por exemplo”, disse Bon. E a grande quantidade de atletas rendeu uma boa continuidade já na primeira edição do Torneio. “Fizemos o Ranking Interno de Tênis a partir das colocações do torneio inicial”, afirmou Bon. “O campeão da categoria Avançado se tornou o primeiro colocado do Ranking e, a partir, disso definimos as regras e o resto da tabela”, completou.

O chaveamento da competição, tendo em vista a alta quantidade de participantes, segundo Bon, “é feito a partir da classificação dos atletas no Ranking”. “No torneio temos nove chaves, sendo seis masculinas (Avançado, Sênior A, Sênior B, Intermediário A, Intermediário B e Estreante) e três femininas (Avançado, Intermediário e Estreante) e, dependendo da colocação no Ranking, o atleta disputa o campeonato por uma categoria diferente”, disse Bon. Ele cita como exemplo a categoria Avançado, “na qual entram obrigatoriamente os vinte melhores colocados no Ranking”. “Além disso, por exemplo, participam dessa categoria membros das Atléticas não ‘rankeados’, mas que estejam federados na Federação Paulista de Tênis”, completa Bon.

Mas, o regulamento também permite que os atletas disputem o torneio por mais de uma chave, desde que se encaixem nas regras de cada categoria. Esse é, por exemplo, o caso de Marcos Borba Jardins, funcionário da Poli. “Eu disputo a competição na categoria Avançado, por ser o 15º do Ranking, e a Sênior A, por ter mais de 45 anos e ser bem ‘rankeado’”, afirmou. Borba Jardins, atleta que atualmente está há mais tempo no Ranking (desde 1984), disse não ver nenhum problema nisso, porque está acostumado a jogar dois jogos em um mesmo fim de semana. “Sou federado e isso costuma acontecer nos torneios da federação”, disse. “E o fato de eu estar em duas categorias diferentes me permite jogar mais competitivamente e aprimorar melhor o meu desenvolvimento no esporte”, completou.

Borba Jardins ainda comenta que esse aprimoramento acontece por conta do “enfrentamento constante com adversários novos, que tem estratégias diferentes, e isso é muito importante”. “No Ranking, embora não tenha a desvantagem da eliminatória, você só pode desafiar o atleta que está uma posição acima da sua e a partir disso galgar posições no Ranking”, afirmou. “Então, chega um momento em que você não consegue subir mais posições e acaba sempre enfrentando as mesmas pessoas, e no Torneio, mesmo que fique sempre numa mesma categoria, sempre enfrenta adversários diferentes”, disse. “É claro que o Ranking é muito bom, pois nos permite ter um calendário anual, mas é o Torneio que mais desenvolve o desempenho dos atletas”, concluiu.

Partida entre diferentes categorias, o estudante Rodrigo Namiki (vermelho) e o dependente de funcionário Marcos Hunold (cinza)