Entrevista com superintendente de Segurança da Guarda Universitária

O Jornal do Campus publica na íntegra a entrevista com o superintendente de Segurança da Guarda Universitária do campus Butantã da USP, Luiz de Castro Júnior. A reportagem não recebeu as respostas até o fim da tarde do fechamento desta edição (Edição 417 – segunda quinzena de outubro), mas julgou importante esclarecer o ocorrido.

A entrevista faz parte da reportagem Precariedades dificultam ação da GU, de Caroline Dias Menezes, publicada no caderno Universidade desta edição.

Jornal do Campus: A base operacional da Guarda está em péssimas condições e por isso os profissionais já fizeram inclusive uma paralisação. Existe previsão para melhoria do espaço ou realocação dos funcionários?

Luiz de Castro Júnior: A Universidade passa por uma adequação de espaços físicos, incluindo a Superintendência de Segurança, que está sendo realocada no prédio da Administração Central. As mudanças estão acontecendo de acordo com as adequações de espaços, parte da administração já foi mudada e aguardamos a desocupação de outra parte das instalações para finalizarmos com a vinda completa da administração e dependências operacionais. No referido às Bases Operacionais e Guaritas, o projeto executivo está sendo finalizado pela Superintendência do Espaço Físico, sendo certo que todas as dependências serão construídas ou adequadas no mais breve espaço de tempo possível. Todos os projetos atenderam os Campi do Interior e Unidades USP.

JC: Muitos profissionais da Guarda relataram estar enfrentando problemas com as escalas, que seriam mal planejadas. Eles alegam ter perdido o direito ao recesso de fim de ano e o dia do servidor público, concedido a todos os funcionários da USP e que já expuseram essa situação diversas vezes mas não encontram abertura para discutir esse assunto com os superiores. Há o plano de reestruturar as escalas?

LCJ: As escalas operacionais dos Agentes de Vigilância são elaboradas pelos Líderes de Turno, por solicitação dos próprios Agentes, porém todas as necessidades operacionais devem ser contempladas, sendo observadas as jornadas de trabalho e folgas, conforme legislação vigente,  40 hs semanais, em turnos de revezamento, escalonadas em dias úteis, finais de semana, feriados e pontos facultativos. Os assuntos referentes aos serviços e outros aspectos que envolvem a Superintendência de Segurança são discutidos pelo próprio Superintendente com os servidores, inclusive a presente pauta foi alvo de reuniões. A Superintendência aguarda alguns estudos sobre regime de escalas, salientando que todas as expectativas, desde que, dentro da legalidade e razoabilidade, sempre serão atendidas pela Universidade.

JC: Os guardas dizem que não estão mais autorizados a atender ocorrências, mas que quando chamam a PM ela demora muito e os casos acabam não sendo registrados. O que tem sido feito para agilizar esses atendimentos?

LCJ: Nunca a Guarda Universitária atendeu ocorrências policiais, pois não detemos o Poder Pleno de Polícia, nem o preparo para tais ações, porém salientamos que sempre demos e daremos o primeiro atendimento a qualquer solicitação em que sejamos acionados, ou que observarmos durante a vigilância.

JC: Quando a Guarda receberá uniformes novos? Funcionários relataram encontrar dificuldades também para conseguir verba para outros serviços básicos como troca de pneu de viaturas, algo que não acontecia antes. Por que isso tem ocorrido?

LCJ: A Superintendência passa por um processo de reformulação, dentre os aspectos trabalhados, citamos a identidade visual, incluindo design dos veículos, das edificações e dos uniformes. Os estudos foram concluídos, foram lançados no sistema de compras as peças de uniforme definidas, encontrando-se na fase de elaboração de descritivo das peças, para inclusão no processo licitatório e consequente aquisições. Esperamos concluir as compras ainda neste trimestre. Salienta-se que os trâmites legais atendidos, os requisitos e prazos estabelecidos, são semelhantes à todos os órgãos públicos. Algumas rotinas em relação à frota de veículos foram alteradas, pois saímos de uma frota própria pra uma frota locada, inclusive agilizando algumas rotinas, pois no caso de avaria em veículos, há a substituição imediata por parte da locadora, fato que anteriormente não existia.