Maria Arminda não concede entrevista ao JC

Maria Arminda do Nascimento Arruda é professora titular da FFLCH-USP e atual Pró-Reitora de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU). Procurada pelo Jornal do Campus desde 23/09, a professora não respondeu ao convite para entrevista e também não se pronunciou sobre responder perguntas por escrito. Com base em material acerca de sua candidatura, disponível no site do IPTV, buscamos reconstituir algumas de suas propostas.
Na apresentação de sua candidatura no Campus de São Carlos, a professora falou sobre os desafios da Universidade: “Para mim, o diálogo aberto e extensivo a todos é o princípio e o método para encontrarmos questões e refletirmos sobre questões mais fundamentais da Universidade, e pensar os desafios presentes e o que projetamos para o futuro”.
Em outra oportunidade, no debate realizado na Poli-USP, concluiu que a Universidade enfrenta problemas de legitimação. “Eu nunca discutiria imediatamente como é que se faz eleição para reitor, eu acho, isso sim, que diante dos contextos mais complexos é preciso pensar a estrutura de eleições decisórias. Considero fundamental reconhecer que a Universidade vive uma crise de legitimação. Toda instituição tem critérios de legitimação, por exemplo, como é que o reitor e o vice-reitor se legitimam? Eles são eleitos por uma comunidade. Nós temos um problema, que é como equacionamos a questão de eleição dos dirigentes que estão no topo da hierarquia decisória na Universidade”.
Para Maria Arminda está claro que é necessário democratizar a Universidade: “É preciso ampliar, agora, não é possível que nesse momento nós cheguemos aqui dizendo: ‘vamos fazer exatamente isso, abrir tudo, fazer eleições paritárias etc’, sem uma análise profunda do conjunto da comunidade da USP face os nossos compromissos e face à nossa ética de responsabilidade pública”.
A justificativa da assessoria da PRCEU e da secretária da professora para sua ausência foi indisponibilidade de tempo.