Fotógrafo do IGc completa 41 anos de serviço

Fotógrafo do Instituto de Geociências da USP (IGc), Jaime de Souza Marcos, completou este mês 41 anos de trabalho na Universidade. Durante estes anos trabalhou sozinho atendendo todas as demandas de registro de imagens do instituto. 

Para ele, o que mais marcou estes anos foram as amizades construídas com funcionários e professores e o arquivo fotográfico que ele produziu dos profissionais que passaram pelo IGc durante as quatro décadas.
Ele iniciou seu trabalho como fotógrafo em um jornal voltado para a colônia portuguesa e mais tarde ingressou no Senac. Em 1972 prestou concurso para trabalhar no IGc onde trabalha na área de geologia, retratando fosséis, rochas e minerais e cobrindo eventos acadêmicos e sociais.
Fora do dia-a-dia de seu trabalho, Jaime desenvolveu o hobby de fotografar estações ferroviárias, tanto em funcionamento como algumas já desativadas. “Eu procurava retratar as que conservaram mais aspectos originais e talvez algum dia eu tenha um projeto de publicar estas fotos, mas ainda não tenho certeza”.
Apesar da maioria das fotos das estações terem sido clicadas com câmera analógica, ele prefere os equipamentos digitais. “Quando eu começei a trabalhar aqui eu tinha que fotografar, revelar, ampliar e produzir os slides, agora com a câmera digital está bem mais fácil”, conta Jaime.
“Prefiro pela facilidade, você pode ver a foto na hora sem a necessidade de revelar e produzir várias chapas, além de enviar e receber as fotos em qualquer lugar através da internet”.

Relacionamento com a USP

Durante os anos na universidade, Jaime desenvolveu uma relação não apenas com o IGc mas também com a USP como um todo. Quando começou a trabalhar, frequentava a biblioteca da Escola de Comunicações e Artes (ECA) para ler assuntos relacionados ao cinema e ainda hoje procura ir ao Cinusp, apesar de muitas vezes ter uma agenda cheia. Outro local que gostava de ir era no antigo prédio da Edusp para ter a possibilidade de ler.
Apesar da convivência positiva ele levantou diversas sugestões em relação ao campus. Um ponto que Jaime criticou, por exemplo, foi que a falta de abertura da universidade para receber doações. “Eu tinha discos antigos, de 78 rotações, e eu tentei sensibilizar a ECA para aceitar a minha doação para a biblioteca e também tentei entrar em contato com a Rádio USP, mas acabei doando para o Centro Cultural São Paulo”.
Ele também acredita que é necessário melhorar certos aspectos da comunicação no campus. Uma sugestão é que haja uma maior abertura para a comunicação ao vivo, invés do e-mail. Ele criticou a falta de voz dos funcionários na, que muitas vezes só são mencionados em contextos políticos, mas pouco citados no dia-a-dia. Jaime também sente falta que os canais de imprensa da própria universidade divulguem a história da USP e cuidem dessa memória, na qual passaram diversos especialistas das mais diferentes áreas.

O registro do acervo IGc é feito para auxiliar os pesquisadores. Foto: Jaime de Souza Marcos.