Reitoráveis debatem Nova ECA e orçamento

Para candidatos, mudança da ECA para novo prédio foi consequência de falta de diálogo entre a reitoria e a unidade

Debate teve mediação do professor e jornalista Eugênio Bucci. Foto: Filipe Delia

A Escola de Comunicações de Artes (ECA-USP) recebeu na última terça-feira (3) os candidatos a reitor em debate aberto para apresentar as propostas de mandato e discutir assuntos da própria Unidade. Mediado pelo professor e jornalista Eugênio Bucci, o debate contou com a presença dos representantes das quatro chapas: Hélio Nogueira da Cruz (“Diversidade e Excelência”), José Roberto Cardoso (“USP Rumo ao Futuro”), Marco Antonio Zago (“Todos pela USP”) e Wanderley Messias da Costa (“Mantendo o Rumo”).

O primeiro tópico a ser debatido foi o projeto de um novo prédio para a ECA. Durante a gestão de João Grandino Rodas, a Escola iniciou diálogo com a Reitoria visando a construção de um novo prédio para a unidade. Segundo a diretora, Margarida Krohling Kunsch, já existe uma comissão e  uma licitação ganha para realizar o projeto executivo, porém a planta original deve ser modificada para atender às necessidades da unidade. Sobre seu direcionamento na futura gestão, Cruz disse que este foi um exemplo de falta diálogo e que novas propostas devem vir da Unidade para a Reitoria. “A ECA sofreu consequências de uma mudança atabalhoada do prédio da Reitoria que está em reforma invadindo uma área sem tato e sem diálogo. Esse caminho é equivocado”, afirmou. Já Zago argumentou que esse acontecimento revela uma gestão na qual as decisões são tomadas sem consulta adequada aos interessados. “Não há como aceitar que a ECA se instale agora em uma construção que ainda não foi feita, portanto, precisa ser feita, se isso não satisfaz às suas necessidades”, acrescentou.

A situação orçamentária também foi pauta do debate. Foi levantado em questão que a folha de pagamento dos servidores ultrapassa a arrecadação da Universidade. Para Costa, não há risco de insolvência para a USP. “Não tenho nenhuma dúvida de que em 2015 estaremos em uma situação melhor do que a de hoje e que não devemos nos arrepender de termos feitos tudo o que estamos fazendo, pois atende as demandas da USP em todas as áreas”. Baseado em previsões de arrecadação do PIB brasileiro e do ICMS para os próximos anos, Cardoso afirma que a USP não está em um panorama econômico tão pessimista: “Com um arrecademento superior, nós iremos gerenciar a situação; e com essa expansão, promover nossas demandas”.