Corte de verbas não afeta atividade no HU

Superintendência do Hospital Universitário afirma que o atendimento aos pacientes funcionará normalmente

A redução de 10% na verba destinada aos hospitais da USP, prevista no orçamento da universidade para 2014, não afetará os pacientes atendidos no Hospital Universitário (HU), segundo a Superintendência do órgão. O que a administração do HU prevê é a revisão de contratos e serviços, na busca pelo reequilíbrio dos recursos financeiros.
A Superintendência do hospital também afirma que “não haverá diminuição do número de leitos ou qualquer mudança estrutural ou organizacional. O orçamento do hospital está sendo redimensionado para se adequar à nova realidade, porém, sem qualquer prejuízo ao ensino, à pesquisa ou à assistência [à comunidade]”.

Atendimento no HU

A assistência aos pacientes se dá por meio de três setores: o pronto socorro, o ambulatório e a enfermaria. No ano passado, a média de atendimentos por mês foi de 23 mil no pronto socorro, 11 mil no ambulatório e mais de mil na enfermaria. No pronto socorro, a grande maioria dos pacientes atendidos é de moradores da região do Butantã. No ambulatório e na internação, por sua vez, cerca de 60% dos atendimentos se destina a funcionários ou docentes da USP e seus dependentes.
O Pronto Socorro do Hospital Universitário atende uma demanda cerca de quatro vezes maior que a sua capacidade operacional. A maior reclamação entre as pacientes entrevistadas pelo Jornal do Campus é o fato desse setor ser cheio e o atendimento de emergência, bastante demorado. “O problema de excesso de demanda no HU e em outros hospitais públicos é particularmente marcante nos serviços de pronto socorro”, afirma a Superintendência do órgão. O ambulatório e a enfermaria, porém, trabalham com sua capacidade completa.
Quanto ao tempo para marcar consultas e para ser atendido, a maioria das pacientes não manifesta queixas. Mas Carla Santos, que é aluna da USP, explica que dependendo da especialidade pode-se demorar de 2 a 3 meses para conseguir um horário.
Por outro lado, quando perguntada se o atendimento do HU é melhor que o de outros hospitais públicos, Josy F. S. Santos conta que “é melhor que muitos convênios, para mim”. Ela, que é esposa de um funcionário da Universidade, diz que seu filho já passou por sérios problemas de saúde e sempre foi bem tratado no Hospital Universitário.