CloudUSP inicia expansão na Universidade

Inaugurado oficialmente em sua versão beta em 25 de janeiro do ano passado e idealizado desde a última década, o CloudUSP, projeto de computação em nuvem da USP, começa a alcançar toda a universidade e a operar com mais vigor neste ano.
Ganhador de prêmios e pioneiro na América Latina, o projeto foi bem recebido pela comunidade USP na sua primeira etapa de implantação. A nuvem foi inicialmente utilizada com professores e grupos de pesquisa, e o plano agora é expandi-la, inclusive, para a sala pró-aluno. “Agora que já estamos mais maduros, pretendemos aumentar o número de usuários na universidade,” afirma Luiz Natal Rossi, diretor do Departamento de Tecnologia da Informação da USP.
Os próximos passos do projeto, segundo Rossi, são a implantação de técnicas de roteamento mais avançadas, em junho, e a entrega de placas gráficas virtuais para a nuvem, em setembro, que permitirão o uso de programas como o Autocad, software muito usado em cursos de engenharia e arquitetura.

Sala no CCE que comporta um dos supercomputadores da USP (Foto: Gregório Nakamotome)
Computação em nuvem
Atualmente, dois supercomputadores – um em Barueri e o outro no Centro de Computação Eletrônica (CCE) da USP – geram a infraestrutura que pode suportar milhares de usuários. Quatro novos estão sendo instalados nos diferentes campi da universidade: em São Carlos, Ribeirão Preto, Piracicaba e no quadrilátero da saúde.

“O serviço da nuvem funciona por demanda”, explica Cyrano Rizzo, diretor da Vertical de Data Center do DTI. “Ao invés de você ter uma máquina parada, você pede para a nuvem ‘criar’ um computador com as configurações que acha necessárias”, continua. “Assim, você pode acessar sua CPU de qualquer lugar e encontrá-la com suas configurações”. A lógica da nuvem aumenta a eficiência do uso dos computadores e corta outros gastos, como energia elétrica e manutenção de aparelhos.
“Ninguém usa seu computador com eficiência máxima,” explica Rossi. “O conceito de compartilhamento permite que menos sistemas fiquem ociosos. Além disso, evita-se o problema de máquinas paradas, diminui-se o custo de manutenção e de energia das mesmas, tira-se a preocupação do pesquisador de ter que cuidar de um computador pessoal e torna-se mais rápida e prática a customização.”