ECA e Faculdade de Direito fora do Intercalouros

Durante o último jogo de sábado (29/3) da competição Intercalouros, que reúne unidades da USP e faculdades particulares, houve uma confusão entre membros das torcidas da Escola Paulista de Medicina (EPM) e da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP) que culminou na saída de duas atléticas do torneio: a ECAtlética e a Atlética XI de Agosto, da FDUSP.

Segundo estudantes presentes, durante a última partida do dia, um jogo de futsal masculino entre a Medicina e a FDUSP, teve início um tumulto que envolveu uso de sinalizadores, arremesso de garrafas plásticas nos atletas e troca de agressões físicas e verbais entre as torcidas. Em dado momento, uma das atletas da São Francisco foi atingida por uma cusparada do aluno Guilherme Castilho, estudante da EPM. A partir daí, alunos da FDUSP e da EPM começaram a entrar em atrito até que uma outra aluna de direito atingiu Castilho, que retrucou com outra cusparada. Devido à briga, a partida em curso foi encerrada antes do tempo regulamentar. As atléticas que se retiraram da competição optaram por não entrar mais em quadra e cancelaram as finais das quais participariam no dia seguinte (30/3).

O estudante Guilherme Castilho publicou nas redes sociais um pedido de desculpas formal no qual lamenta seu comportamento, assumindo ter agredido uma atleta da São Francisco com uma cusparada. O aluno pediu que o seu texto fosse republicado pela Atlética XI de Agosto, de forma a alcançar toda a comunidade franciscana.

Todas as atléticas participantes da competição soltaram nota a respeito da briga, exceto a Atlética ESPM, que preferiu não se pronunciar. A ECAtlética afirma que ocorreram “diversas formas de violência” nesta edição do evento e que alterações no regulamento que previssem penas mais severas foram rejeitadas pela Comissão Organizadora. Em nota bastante semelhante à da ECAtlética, a Atlética XI de Agosto pediu desculpas aos “calouros e calouras que presenciaram atitudes antidesportivas e que deixaram de jogar”. As duas entidades afirmaram defender a ideia de que “não há espaço para esse tipo de atitude” nos jogos.

Em nota oficial, a Associação Atlética Acadêmica Pereira Barreto, da Escola Paulista de Medicina, afirma que “medidas disciplinares internas já foram aplicadas para punir os torcedores envolvidos” e que espera “que o mesmo seja feito pelas outras atléticas participantes”. A AAAPB reforça que é “contra qualquer manifestação de violência ou desrespeito em eventos esportivos”.