A cada edição do Jornal do Campus, além de ler a edição impressa, vejo também o site, o Facebook, o Twitter e o Instagram da publicação. Nas últimas edições, o único que apresentou alguma melhora foi o Instagram.
É preocupante que estudantes universitários ainda negligenciem o digital. Tenho certeza que cada um dos alunos da ECA, de outros cursos da USP ou de qualquer outra universidade do mundo passa dezenas de vezes mais tempo olhando para uma tela do que para uma página impressa.
Logo, não consigo entender por qual motivo o digital não é a prioridade zero do curso e dos alunos. Revistas e jornais impressos estão fechando no mundo todo. Grandes empresas como o Grupo Folha ou a Abril estão demitindo jornalistas às centenas. E mesmo assim, na mais importante universidade do Brasil, o foco quase único de um curso de jornalismo ainda é o impresso?
Não estou dizendo que o papel não tenha mais importância. Sua sobrevida, contudo, depende de uma conexão com o digital. E se nem alunos de 20 anos estão fazendo isso, o futuro do jornalismo é sombrio.
Site. Tem matérias sem foto ou linha fina na home, e o título da manchete é “Entrevista com Reitor Zago – Parte 2”. Não tinha nada mais atrativo do que anunciar ser esta a “parte 2”?
Twitter. Segue como um mero divulgador dos textos do impresso, sem retuitar ninguém, e sem vida própria.
Facebook. Melhorou um pouco, mas no geral, segue um mero divulgador do impresso.
Instagram. O único com alguma personalidade, ou seja, algum material exclusivo, mais agilidade, pensado para o digital.
O que fazer? Repito a sugestão do meu primeiro texto: designar um (dois, três…) alunos para trabalhar exclusivamente em cada rede social. Mais alguns apenas para o site. E que eles sejam avaliados pelo que fizerem nestes veículos.
Pontos positivos: boa a entrevista com o reitor. Seria interessante acompanhar, a cada edição, o que ele está fazendo; muito bom também o investimento em Marco Civil. Poderia ser ainda mais didático, focado no que muda na vida de cada um, mas é um bom material.