Faixas de ônibus serão implantadas na USP

Obras começam no final de 2014; projeto ainda planeja ciclovias, que não possuem data para início de funionamento (Foto: Tauã Miranda)

Uma faixa de ônibus exclusiva será implantada na Cidade Universitária a partir de dezembro deste ano. O projeto, que está em fase final de contratação dos serviços de implantação, faz parte de um pacote de melhorias no transporte, tanto internamente quanto no entorno do campus. Nesse sentido, também deverá ser criada uma ciclovia dentro da Cidade Universitária, ainda sem data prevista para o início de suas obras.

A faixa de ônibus percorrerá inicialmente o percurso entre a Casa de Cultura Japonesa, na Avenida Lineu Prestes, e o Portão 1, passando pela Avenida da Universidade. Esse trecho possui a extensão de 1500 metros, e é considerado o mais crítico na questão do trânsito de veículos. Recentemente, com a obra que interditou a rotatória em frente a Academia de Polícia, os horários de pico receberam uma lotação maior do que a normal para o horário, dificultando ainda mais a mobilidade na região.

A fiscalização da utilização das faixas exclusivas será feita pela Universidade, mas a USP e a Secretaria Municipal de Transportes estudam formas de incluir ações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) no escopo de um convênio.

Já no caso das ciclofaixas a serem criadas, de acordo com a Prefeitura do Campus, está em fase final a elaboração de um memorial descritivo para contratação de um plano cicloviário. Ele deverá avaliar as vias da Cidade Universitária e as possibilidade de compartilhamento de espaços no campus entre os diferentes meios de locomoção.

Essas ações são parte do “Campus Sustentável”, um programa da Prefeitura do Campus da Capital que visa tornar a USP referência nacional em sustentabilidade, articulando pesquisa, ensino, cultura e extensão e integrando projetos e ações com a cidade de São Paulo.

OPINIÃO

A faixa de ônibus tem como objetivo reduzir o tempo dos passageiros dentro do transporte público. A medida é vista com bons olhos pelos usuários das linhas que passam frequentemente pelo trecho mais afetado pelo trânsito. “Eu acho melhor, fica mais organizado”, afirma Carolina Silva, aluna da Oceanografia.

Para Guilherme Grespam, estudante da Poli que também passa pelo local utilizando ônibus diariamente, a nova faixa de ônibus “ia ajudar bastante nessa situação de quem usa mais transporte público, que acaba sendo a maioria da população”.

Já em relação à ciclovia, as opiniões sobre os assunto são divididas entre os próprios ciclistas. Para Amanda Carvalho, do curso de Audiovisual da ECA, a ciclovia é desnecessária. “Venho de bicicleta vários dias durante a semana. Não acharia a implantação grande coisa, pois as ruas da cidade universitária já são bem pouco movimentadas”.

No entanto, Marco Angioluci, aluno da Engenharia Mecânica, acredita que a medida ajudaria a fortalecer o crescimento de vias para ciclista, que já acontece na cidade toda. “Seria interessante, fora da Cidade Universitária já tem bastante e eu vejo cada vez mais. O maior problema aqui dentro é quando tem uma porrada de ciclistas, aí você acaba tendo que ir para a segunda faixa”.

por PEDRO PASSOS e SARA BAPTISTA