Após 10 anos, Torneio da USP volta a acontecer na universidade

Campeonato ocorreu no último final de semana e reuniu UFPR, UFSCar, Medina da Universidade de Santo Amaro e UFABC

Créditos Felipe Guimarães Marco
Os jogos aconteceram na EEFE (foto), Mané Garrincha e CEPEUSP (Créditos: Felipe Guimarães Marco)

Nos dias 7 e 8 de maio, voltou a acontecer o Torneio da USP (TUSP), campeonato disputado entre os estudantes uspianos e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Medicina da Universidade de Santo Amaro e Universidade Federal do ABC (UFABC). A última edição do campeonato havia sido em 2006 e a organização é da Liga Atlética Acadêmica da USP (LAAUSP)

A ideia de retomar o torneio era antiga, mas por conta de problemas estruturais, como uma gestão pequena e questões financeiras, só foi possível realizá-lo esse ano. O intuito era fortalecer a inserção da liga atlética uspiana no esporte brasileiro nacional e dar sentido aos trabalhos das seleções USP. “É uma instituição com muito potencial, só que a gente está sempre muito fechado aqui no esporte interno”, afirma Victória Calzolari Soto, diretora financeira da LAAUSP. Ela explica que os trabalhos das seleções eram voltados para a Copa UNISINOS, torneio que reúne universidades do Mercosul e acontece somente em outubro, e nem sempre os times ganhavam com a participação em campeonatos paulistas. “Pra dar sentido ao esforço de todo mundo, a gente precisava de um campeonato forte de alto rendimento no primeiro semestre, então a gente resolveu fazer esse”, explica Victória.

Durante os dois dias foram disputados atletismo, futebol, futsal, basquete, handebol e vôlei, nas categorias feminina e masculino. No entanto, nem todas as seleções participaram de todas as modalidades. No basquete, por exemplo, participaram a UFPR e a USP, e a UFABC jogou apenas no vôlei. Victória explica que foi difícil encontrar universidades interessadas em participar e nem todas que aceitaram tinham times para as seis modalidades: “A gente fez um modelo um pouquinho diferente do TUSP ideal, pra que ele pudesse acontecer”.

O torneio foi um projeto inscrito e aprovado no edital Santander de Competições Esportivas, mas no edital foram aprovados somente os uniformes, que não ficaram prontos a tempo da competição, e o atendimento médico. Como a Pró-Reitoria só aceitou bancar o Bichusp e a Copa USP, os gastos com arbitragem e premiação ficaram por conta da entidade. 

Premiação do TUSP de atletismo (Créditos: Isadora Vitti)

Devido à reforma dos prédios das quadras cobertas do CEPEUSP, só o atletismo e o futebol ocorreram no local — as outras modalidades foram realizadas no Ginásio Mané Garrincha (no Ibirapuera) e na Escola de Educação Física e Esporte da USP (EEFE). Além disso, os atletas de fora da capital puderam ficar alojados em salas do CEPEUSP, facilitando o contato e a interação entre as equipes. 

Para Victória, a realização do torneio foi importante para ver quais times da USP estão fortes competitivamente e quais precisam de mais apoio, e foi o primeiro passo para que o campeonato volte a ser recorrente. “O TUSP tem muito potencial para ser um inter tradicional em São Paulo, que as atléticas briguem para estar aqui e queiram participar. Espero realmente que as outras gestões continuem, acho que vai ficar mais fácil chamar as universidades agora que elas viram como foi”. Bryan Carrillo, também da entidade, ratifica: “Eu fiquei feliz de ter dado certo, achei uma oportunidade de intercâmbio muito positiva para as alguns times. E é um passo importante para que no ano que vem o torneio sair melhor do que nesse ano”.

Isadora Vitti