Super USP: Equipes de rugby feminino disputam circuito

O campeonato possui quatro etapas e cada uma homenageia uma mulher importante para o esporte

Um torneio destinado às equipes de rugby feminino da Universidade, com etapas que homenageiam mulheres que fizeram esse esporte crescer nacionalmente. Essa é a ideia do Super USP, o Circuito de Rugby Sevens Feminino da USP. A primeira etapa aconteceu no dia 30 de abril no Centro de Praticas Esportivas da USP (CEPEUSP) e as outras três etapas estão programadas para junho, setembro e outubro. 

beatriz escalhao
créditos: Beatriz Escalhao

O campeonato foi gerenciado pela Liga Atlética Acadêmica da USP (LAAUSP) em parceria com os times femininos de rugby. Alana Alves Santana, que foi a idealizadora do torneio, explica que a ideia de realizá-lo já era antiga e veio quando ela jogava no Rugby USP, time universitário. “Na época só tinham dois times, a gente treinava mas não tinha com quem jogar”, ela conta. Ao longo dos anos foram surgindo mais times mas ainda nenhum campeonato voltado para isso, que tivesse várias etapas para serem disputadas. “Então a gente se reuniu com a LAAUSP e com os times universitários e conversamos. A ideia do Super USP foi isso: uma demanda que sempre existiu mas que ainda não tinha uma iniciativa”, explica ela. 

Alana conta que o mais difícil na organização  foi conseguir um espaço dentro do calendário esportivo da USP para que o circuito fosse realizado. No CEPEUSP só há um campo que pode ser utilizado para rugby e por isso foi difícil encontrar datas em que ele estivesse disponível. Mas a ideia é que o torneio continue acontecendo nos próximos anos e que seja cada vez mais aprimorado. “Esse foi importante para a gente testar e ver o que está funcionando e o que não está, mas a meta é continuar. Porque sem esse campeonato, os jogos são muito poucos”,  Alana afirma.

creditos Beatriz Escalhao
créditos: Beatriz Escalhao

A primeira homenageada foi Nayara Lima, uma das mais importantes árbitras do rugby nacional, que tem 16 anos de vivência dentro do esporte e participará da arbitragem nas Olimpíadas Rio 2016. O objetivo é reconhecer a importância dessas mulheres para o esporte feminino, menos valorizado que o masculino. “O esporte feminino ainda é pouco visto e no rugby isso se agrava, porque as mulheres não jogam a modalidade tradicional, que é o Rugby XV, mas sim o Sevens, que não é muito tradicional. Então o preconceito já vem daí”, Alana explica. “Aqui dentro da USP isso também acontece. Por ter poucos times femininos comparado aos masculinos, hoje ainda há pouco espaço”.  Nas próximas etapas serão homenageadas atletas, gestoras e técnicas. 

Na primeira etapa participaram 8 dos 10 times de rugby feminino da universidade. São eles da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, do Instituto Oceanográfico (IO), da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (CFC), da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da Faculdade de Odontologia (FO) e Faculdade de Economia e Administração (FEA), da Escola Politécnica da USP (POLI) e da Escola de Engenharia de Lorena (EEL). O primeiro lugar ficou para o time do IO, o Tsunami Rugby feminino, seguido pelas equipes da SanFran e da FEAOdonto. 

Isadora Vitti