Cotas universitárias voltam a entrar em pauta

No último dia 1º, o Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes (ECA) aprovou em âmbito departamental a destinação de 65% das vagas oferecidas para ingressantes via Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Destas, oito vagas do curso de Jornalismo e duas do de Editoração serão dadas a alunos negros, pardos ou índios. A decisão agora será encaminhada para aprovação da diretoria de graduação da ECA e poderá ser aplicada para os concorrentes a vagas do ano de 2017.

A discussão acerca do aumento ou alteração no número de vagas dadas para ingressantes via SiSU, e consequentemente para o número de cotas concedidas, já começou nas unidades da Universidade. A decisão é, como já foi contado em reportagem dada pelo Jornal do Campus, tomada independentemente por cada unidade da USP e, portanto, cada uma debate a questão de acordo com seus critérios. A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz informou que está se reunindo para discutir o assunto até quinta-feira, dia 9 de junho. A ESALQ, no momento, só oferece 48 vagas para ingressantes via SiSU, sendo todas elas destinadas à ampla concorrência.

O SiSU oferece três tipos de cotas: as de Ampla Concorrência (AC) destinadas a todos tipos de alunos, as de alunos Escolas Públicas (EP) e aquelas oferecidas a alunos autodeclarados da raça preta, parda ou indígena (PPI).

(Arte: Júlio Viana)

A USP, até ano passado, não destaca vagas específicas a nenhuma dessas modalidades. Só existe o Inclusp, que dá bônus em notas da Fuvest: 15% de acréscimo será dado a estudantes que fizeram sua formação total em escolas públicas. 12% aos alunos que apenas cursaram o Ensino Médio em instituições do estado ou da prefeitura. Além disso, 5% de aumento é adicionado caso a pessoa se declare pertencente ao grupo PPI (cor ou raça: Preta, Parda ou Indígena).

Por Júlio Viana