De dentro para fora

O processo de feitura deste jornal requer contato com fatores da USP que às vezes passam despercebidos até por nós, futuros jornalistas. A equipe do Jornal do Campus se propõe, nesta edição, a mergulhar nos caminhos da Universidade, checar seus diferentes elementos e puxar para a superfície assuntos necessários para o cotidiano dela. Mostrar porque os assuntos dispostos na capa são de fato relevantes e próximos às três categorias que nos têm como público. Trazer para dentro o que se faz para fora, levar para fora do escuro o que se enconde aqui dentro.

Entrevista desfia a vivência e a trajetória de Alice Quadros, aluna do 3º ano da FMUSP que nos mostra os problemas com o nome social ainda enfrentados aqui por travestis e transexuais. Os trâmites necessários aqui dentro para que se faça valer esse direito são ilustrados em Universidade e vêm nessa editoria acompanhados dos detalhes sobre a rejeição da prestação de contas de 2013, a repressão sobre as venda informais de lanches na EACH e as alterações na denominação das carreiras.

Às vésperas das Paralímpiadas do Rio, Em Pauta e Esportes se debruçam sobre esse tema. Ao mesmo tempo em que abre um espaço de debate sobre a valorização do desporto paralímpico, o jornal também traz um cobertura da vinda das seleções brasileiras de remo adaptado e paracanoagem na Raia Olímpica da Cidade Universitária. Ainda na seção esportiva do jornal, é levantada a importância de um campeonato que aconteceu no Cepeusp e reuniu três faculdades de dois diferentes campi.

A produção científica da USP tem tradição em levar para a sociedade os investimentos injetados aqui. Dos laboratórios da Esalq, Ciência traz o fato de que conter o desmatamento não é o suficiente para preservar florestas tropicais. E vem do ICB a notícia de que a vacina contra o Zika Virus será testada em humanos já no mês de outubro.

A editoria de Cultura segue nesse mesmo fluxo e mostra um grupo de alunos do Quadrilátero da Saúde que vai a hospitais na tentativa de incentivar a empatia na relação entre profissionais e pacientes. Nossos repórteres nos apresentam ainda alguns elementos que estavam disfarçados na Universidade, como as costureiras do curso de Artes Cênicas.

Dialogando entre os setores da Universidade, o JC vem sempre na tentativa de trazer à tona o que nos passa despercebido, mas é cotidiano – constante. E nessa segunda edição deste semestre, nossa turma segue em busca de boas histórias que estiveram sempre à nossa sombra para contar.