ECA faz 50 anos e sedia INTERCOM

Com mais de 90 voluntários, o evento integra as pesquisas mais importantes do país

Alexandre Amaral

PAUTAMAC2

Na semana de 5 de setembro, a Escola de Comunicações e Artes (ECA) sediará a 39ª edição do maior evento de comunicação do Brasil. Para a coordenadora local da INTERCOM, Rosely Fígaro, o fato do evento fazer parte das comemorações de 50 anos da ECA  é uma maneira de “atestar a contribuição da Escola para os estudos de comunicação do país, sobretudo nos novos caminhos da educomunicação e do vínculo comunicação e artes.”

O evento reunirá os maiores intelectuais da área e a diversidade cultural de todo o país. Mas, segundo Rosely, o grande foco do congresso é voltado para as pessoas, a fim de “entender Comunicação não só como a mídia, mas como todas as relações interpessoais.”

Em outras edições do maior congresso de comunicação do Brasil, Andrea Limberto viajou para as diferentes cidades onde foi alocado; Rio de Janeiro, Curitiba, Foz do Iguaçu e até mesmo Manaus. Este ano será a primeira vez que ela coordena e media as sessões do Grupo de Pesquisa (GP) Comunicação, Mídias e Liberdade de Expressão.

“Acredito que a pesquisa acadêmica tem a chance de responder da forma analítica que lhe é peculiar a diversos dos temas e questionamentos que têm assombrado nossa democracia,” afirma Andrea. “Acho que é dever do trabalho acadêmico mostrar engajamento com seu tempo e lugar. Espero que nos diversos grupos e no GP de Liberdade de Expressão em especial o espírito crítico esteja imperando.”

Rosangela Martins é jornalista recém-graduada pela Universidade Nove de Julho. Ela é da Zona Sul de São Paulo. Esta será a primeira vez em que participará do evento e além de participar das discussões, também irá apresentar seu artigo científico na INTERCOM Júnior. “É natural sentir um pouco de frio na barriga, de ansiedade, mas o segredo de tudo é saber se controlar,” pondera Rosangela, que tem interesse em seguir pela área acadêmica. “Nenhuma emoção deve ser maior que o seu conhecimento, principalmente quando se vai apresentar um artigo em um evento importante como este. Mas claro, a sensação de felicidade é imensa.”

Rosely relata que a equipe responsável já começou os preparativos do congresso desde o ano passado e que a realização do evento só foi possível graças ao Centro de Difusão Internacional, prédio construído em frente a ECA, para comportar a magnitude da INTERCOM. Ao longo da semana do congresso, de 5 a 9 de setembro, chegarão a ser utilizadas até 71 salas simultaneamente, reunindo pesquisadores da América Latina.

Eduardo Canesin já vai para sua segunda INTERCOM. Ele participa do Núcleo de Estudos da Violência (NEV-USP) e do Grupo Jornalismo, Direito e Liberdade (IEA-USP/ECA-USP). Eduardo revela que é gratificante participar das discussões, receber sugestões e analisar se seu trabalho está de acordo com o que está sendo investigado por grandes teóricos e pensadores contemporâneos, mas crê que “o fator mais interessante da INTERCOM é a possibilidade de vermos a realidade do Brasil em toda sua riqueza e diversidade.”

Rosangela concorda com ele. “É um momento não apenas de expor nossa pesquisa, mas principalmente de conhecer pessoas novas, de aprender com a diversidade dos outros, realmente, um intercâmbio cultural.”