Produção artística da USP é celebrada no Nascente

Mais de 600 obras de graduandos e pós-graduandos foram inscritas
DSC_6367 CMKY
Fotos: Carol Ingizza

Na noite do 15 de setembro, no Centro de Difusão Internacional (CDI), foram conhecidos os vencedores de mais uma edição do Nascente, iniciativa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão que busca revelar novos talentos e incentivar o fazer artístico na Universidade.

O Programa, que recebeu mais de 600 inscrições, premiou 12 vencedores e concedeu 41 menções honrosas a alunos graduandos e pós-graduandos da Universidade. “Esperamos continuar conseguindo esse aumento nas próximas edições, para que o engajamento dos alunos seja ainda mais amplo e, para isso, seguiremos investindo em estratégias de comunicação que tornem o programa mais conhecido, como fizemos este ano”, declarou Marcelo de Andrade Romero, Pró-Reitor de Cultura e Extensão da USP.outra opção de largura de fotos é 240 pixels (alinhada à direita). Lembre-se de acrescentar o crédito no final da legenda.

Apresentações

A semana que antecedeu a festa de premiação foi marcada por exposições das obras finalistas com entrada gratuita. A primeira categoria a expor foi Artes Cênicas, que levou ao TUSP público suficiente para esgotar os ingressos nas sessões das peças “(.dentro)”, “Voar – um musiclown” e “Aos que vieram antes de nós”, do dia 09.

O Centro Universitário Maria Antônia, no dia 12, foi palco para o vernissage da Visualidade Nascente 2016 – que vai até o dia 17 de outubro e reuniu os finalistas de Audiovisual, Design e Artes Visuais. Com direito a bons quitutes, o público que prestigiou o evento ainda pôde ter contato com exemplos da produção artística dos alunos da USP.

As obras expostas mostram a qualidade desse trabalho. As premiadas das Artes Visuais, “Janela” (Alan Oju, ECA) e “Desenho – Vazão – Mostruário São Paulo” (Renato Pera, ECA), atraíram olhares dos que prestigiaram o vernissage e propuseram debates importantes dentro daquilo que se propunham.

As finalistas de Design surpreendem pela diversidade, passeiam por terrenos mais lúdicos, como os jogos infantis, e chegam até a propôr novas soluções para estruturas mais rígidas, como a identidade visual da própria Universidade.

Os vencedores foram os projetos “Entre Ruas” (Agnes Arakaki Svilenov, Kaori Ankaru e Nadia Naomi Sato; FAU) e “Elorgân” (Erika Tracy Huang, Marcus Vinicius Morgado, Michelle Nakazato Mikaro e Rafael Jun Abe; FAU). E, por sua vez, foram aqueles que mais se preocuparem com a apresentação de um produto completo e entregaram um ciclo autossuficiente de produtos orgânicos e um projeto editorial de uma revista sobre esportes urbanos, respectivamente.

Noite de premiação

A Festa aconteceu no CDI e contou com as apresentações das categorias de Música Erudita e Música Popular. Também no CDI, mas no dia anterior, as 33 obras de Texto selecionadas (que abrangem contos, crônicas, poesia, biografia e reportagem) foram expostas em forma de Sarau.

Impressionando pelo alto grau técnico e pela diversidade de influências, as apresentações de Música Erudita foram desde o Tango até a musicalização dos espectros luminosos. A definição dos vencedores dessa categoria causou impasse na comissão julgadora, tamanho o equilíbrio, uma vez que a escolha foi feita durante a divulgação dos premiados das outras categorias. Podendo premiar somente duas obras, Carmen Aranha, João Luiz Musa e Vitor Mizael se viram divididos entre três belas performances e optaram por premiar as interpretações instrumentais de Carlos Vogt, no piano, e da cubana Patricia Pérez Brito, no clarinete.

A categoria de Música Popular envolveu o público e mostrou belos arranjos, que impressionaram também os julgadores. A obra vencedora da categoria, “A Alma Feminina em Chico Buarque” (Vinicius Faina Alves e Camila Mendes Montefusco, ECA), um estudo da presença da mulher na música de Chico e fez com que a plateia cantasse junto. No discurso de agradecimento, Camila citou a conexão da plateia como fator preponderante para o bela performance apresentada.

“Há uma predominância de alunos de unidades afins, mas não é regra geral. Este ano tivemos grandes destaques vindo da engenharia e da matemática, por exemplo. Inclusive um dos finalistas de música que se apresentou na festa de premiação é aluno do IME. Além disso há também inscritos de unidades de Humanas, mas não dos cursos ligados às áreas, como História e Pedagogia”, declarou o Pró-Reitor quando perguntado sobre a prevalência de inscritos vindos de faculdades ligadas às categorias do Programa.

DSC_6496 CMKY

Comissão julgadora

Em contraste com o declarado por Romero, todos os vencedores do prêmio estavam inseridos no eixo ECA-FAU-FFLCH, de onde vêm os professores que julgam as sete categorias do Programa.

Segundo ele, as comissões julgadoras são montadas pelos diretores de órgãos artístico-culturais da PRCEU (TUSP, OSUSP, CoralUSP, CPC, CEUMA e Cinusp) que formam a comissão acadêmica do Nascente e são compostas por três integrantes: dois professores da USP e um especialista externo convidado. Isso pode colocar os alunos de cursos diretamente relacionados ao tema à frente dos outros por já conhecerem o perfil dos professores que integram a comissão julgadora e o que eles esperam encontrar nas obras inscritas. “Sabendo que os próprios juízes fazem parte desse eixo e têm alunos que se inscrevem no programa, naturalmente os finalistas serão aqueles que possuem um contato mais direto com as preferências estéticas dos julgadores. Por exemplo, um dos jurados é professor no Centro de Artes Plásticas. Admiro muito seu trabalho e minha experiência em fotografia foi majoritariamente guiada por ele”, aponta Luiza Beraldo, aluna da ECA e finalista em Artes Visuais com uma peça fotográfica.