Obras em anfiteatro são retomadas

A princípio, prédio planejado para as artes ficará pronto em junho de 2017
Foto: Alexandre Amaral
Foto: Alexandre Amaral

No início deste semestre, as obras no Anfiteatro Camargo Guarnieri, localizado entre os blocos A e C do Crusp, foram retomadas depois de ficarem paralisadas por mais de dois anos. O prédio foi fechado para reforma e ampliação em fevereiro de 2012, e a previsão é de que permaneça fechado até junho de 2017.

Em entrevista ao Jornal do Campus em 2012, Juliana Maria Costa, chefe da Divisão de Ação Cultural da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), explicou que a Universidade não tinha espaço como o que se tornaria o Anfiteatro. O objetivo é que, depois das obras, o prédio seja elevado a Núcleo das Artes, integrando o espaço físico de vários outros órgãos da PRCEU. Espera-se que o futuro Núcleo das Artes abrigue órgãos artísticos como a Orquestra Sinfônica da USP (Osusp) e o Coral da USP. A assessoria da Pró-Reitoria explica que as propostas de utilização do espaço permanecem as mesmas das apresentadas em 2012.

Inicialmente, as obras começariam no segundo semestre de 2011 e teriam duração aproximada de um ano, mas no segundo semestre de 2012 ainda não haviam sido iniciadas, já que o projeto passava pelo processo de escolha da empresa para a realização da obra. Depois de iniciadas em primeiro de agosto de 2013, as obras foram interrompidas em 2014.

A Superintendência de Espaço Físico (SEF) é a responsável pelas obras na Universidade e divulgou o plano de obras para o período compreendido entre 2015 e 2017. Nele, a ordem de início para a obra foi dada no dia primeiro de julho e o prazo previsto para conclusão é 25 de junho de 2017. Em resposta sobre os atrasos na obra, a assessoria da USP explicou que, em fevereiro de 2014, como medida para o restabelecimento financeiro da Universidade, muitas das grandes obras foram paralisadas. A reforma do anfiteatro estava entre elas, e o contrato foi rescindido naquele ano.

Nesse mesmo plano para o uso racional dos recursos da universidade, a SEF colocou como prioridade a conclusão das obras da primeira parte do Centro de Difusão Internacional (CDI I) para que, entre outros motivos, o seu auditório fosse usado para abrigar os eventos que, antes de 2012, eram realizados no Camargo Guarnieri. A primeira parte do Centro, localizado na Avenda Prof. Lúcio Martins Rodrigues, em frente à Escola de Comunicações e Artes (ECA) foi concluída no final de 2015. As obras da segunda parte (CDI II) foram retomadas em outubro de 2015 e têm como previsão de conclusão junho de 2017.

Entre o segundo semestre de 2013 e o primeiro de 2014, alguns dos eventos foram realizados na Tenda provisória na Praça do Relógio e, durante todo o período em que o anfiteatro esteve fechado, auditórios de diversos institutos têm sido utilizados. O assessor da PRCEU explica que, assim, não houve prejuízos para as atividades promovidas pela Pró-Reitoria, “a Osusp faz suas apresentações na Sala São Paulo e ensaios e apresentações no campus no auditório do CDI, sem qualquer tipo de problema ou restrição. Os outros órgãos, como Tusp e Cinusp, por exemplo, também têm seus espaços normalmente funcionando independentemente do Camargo Guarnieri”.

A previsão é de que, em junho de 2017, quando as obras no Anfiteatro forem concluídas, o prédio volte a abrigar as apresentações que agora estão acontecendo nesses outros espaços. Apesar de não ser essencial para as atividades, que funcionam normalmente sem o Camargo Guarnieri, a assessoria da PRCEU explica que “existe uma proposta para o futuro Camargo Guarnieri de ter ali um novo espaço qualificado para atividades artísticas e culturais, ou seja, trata-se de planejamento de longo prazo para atender a demandas que certamente surgirão no futuro”.