Festa do Livro chega à sua 18ª edição

Frequentadores do tradicional evento da USP e amantes de literatura contam experiências
Divulgação/USP
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Os fanáticos por livros aproveitam qualquer oportunidade para colocar as mãos em um bom exemplar, seja ele novo ou usado. É por isso que feiras de livros sempre são muito frequentadas, ainda mais uma tão tradicional como a que acontece na USP. Desde 1999, a Festa do Livro proporciona aos frequentadores livros de várias editoras com descontos sobre os valores pelos quais são encontrados no mercado – o desconto mínimo oferecido é de 50% -. O evento, organizado pela Edusp, vai trazer 155 editoras nacionais, número que contrasta com as 31 que estiveram presentes na primeira edição. No início, as companhias de livros que participaram eram voltadas apenas a publicações acadêmicas. Hoje, a festa conta com editoras variadas, atendendo também o público infanto juvenil. A edição de 2016 trará editoras internacionais pela primeira vez, através de um acordo com as editoras Libros Unam e Eudeba (da Universidad Nacional Aútonoma do México e da Universidad de Buenos Aires, respectivamente). Estima-se que o público alcance cerca de 250 mil pessoas, segundo estimativa da Edusp. Nesta edição, como ocorreu no ano passado, uma estrutura de três grandes tendas, instaladas entre o Crusp e o Velódromo do CEPE, irá acolher o evento.

O JC foi em busca de amantes da leitura que aguardam por cada edição da Festa. Ofélia Maria Marcondes, professora de Filosofia da Educação no IFSP (Instituto Federal de São Paulo) vai ao o evento há 12 anos. “Frequento a Festa do Livro desde 2004, quando ainda era na realizado no vão da História”, conta, “Não gostei da edição que aconteceu na Poli. Muito dispersa, difícil acesso”. Ao longo da história, a tradicional Festa já foi sediada na Faculdade Politécnica, além do habitual local na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e outros lugares. Segundo a educadora, o principal motivo pelo qual vai a feira é a presença de editoras com publicações voltadas à sua área de trabalho e afirma estar animada com a lista deste ano. “Eu sempre faço lista pra não ter que andar a esmo pela feira. Vou, ao longo do ano, anotando lançamentos e recomendações de amigos e colegas de trabalho. É raro comprar algo fora da lista”, completa Ofélia.

Gláucia Lopes ‒ mestranda do programa de Filologia e Língua Portuguesa da FFLCH ‒, por outro lado, prefere se surpreender ao chegar na feira. “Gosto de passear entre os livros. Sempre dedico tempo a esse evento para poder apreciá-lo com calma”. Frequentadora do Festa há três anos, Gláucia elogia a organização e a gama de editoras disponíveis, assim como os preços rebaixados. Sâmia Fortes, ex estudante da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), conta que sentiu falta da Feira do Livro da USP Leste no primeiro semestre deste ano, que até agora não tem previsão de acontecer.  Segundo a estudante, nas quatro vezes em que frequentou a Festa, gastou cerca de R$ 350 por edição. Também completa dizendo gostar da presença de editoras independentes nos stands.

Por Victória Del Pintor