Com cerca de 11 mil novos alunos de graduação por ano, a USP é conhecida pela grande quantidade de moradias estudantis organizadas: as famosas ‘repúblicas’.Muitas vezes, estudantes que moram em repúblicas precisam deixar a família a quilômetros de distância para se dedicar aos livros e à graduação universitária.A iniciativa pode significar uma demarcação entre a adolescência e a vida adulta, já que, para muitos, morar em uma república pode ser a primeira experiência residindo fora da casa dos pais.Os arredores das cidades universitárias costumam ser os principais pontos da formação de repúblicas. Esse é o caso do bairro Butantã, em São Paulo.Para Maria Eduarda, do IF-USP, morar em república pode ser uma boa oportunidade para compartilhar momentos do cotidiano. “É como se fosse outra família”, diz.Confiança e convergência de pensamentos entre os integrantes são algumas das características consideradas importantes para a convivência.Afazeres domésticos, como lavar a roupa e organizar a casa, costumam ser de responsabilidade dos próprios estudantes.Em outras vezes, os serviços da casa ficam por conta de seu locatário. Cláudia Elena administra uma república onde mora há 3 anos, com mais de 50 estudantes da USP.O tempo que um estudante fica em uma república depende de muitos fatores, como o orçamento. Em geral, a moradia estudantil é a alternativa mais barata.Dividir o mesmo teto com outras pessoas durante a faculdade também pode ser uma chance de aprendizado. “Conheci histórias engrandecedoras aqui”, diz Laura, da ECA-USP.
