Exposição reúne raridades de Machado de Assis

Poucas vezes um conjunto tão completo de obras do autor foram reunidos num único espaço

Foto: Thais Navarro

Por Thais Navarro

Um livro com grafia que saiu equivocada na impressão e foi corrigida à mão pela editora; dedicatórias a amigos e críticos; obras publicadas postumamente; jornais diferentes daqueles que estamos acostumados, tudo dos séculos 19 e início do 20.

Esses materiais já atiçariam a curiosidade dos aficionados por Literatura e História. O detalhe mais importante é que todas estas obras são do maior nome da literatura brasileira, Machado de Assis (1839 – 1908).

Disponível na Biblioteca Brasiliana, Guita e José Mindlin, no Campus da Cidade Universitária, a exposição Machado de Assis na BBM: Primeiras Edições e Raridades traz exemplares únicos de livros do consagrado autor. O acervo inclui cerca de 400 itens, como as primeiras edições de vários dos seus livros, jornais em que colaborou e obras publicadas postumamente.

O material foi colecionado por Rubens Borba de Moraes e José Mindlin e teve curadoria de Hélio de Seixas Guimarães. “A exposição põe o leitor diante a amplitude e da variedade dos livros que Machado publicou em vida, em primeiras edições muito especiais, algumas com dedicatórias do próprio autor”, diz Guimarães.

Ele explica o ineditismo e a singularidade da exposição. “É a primeira vez que o conjunto de edições de Machado de Assis da BBM é exposto ao público. Poucos terão visto um conjunto tão raro e completo de obras de Machado de Assis reunidos em um único espaço”.

Foto: Thais Navarro

Os livros vão dos clássicos “Braz Cubas”, “Quincas Borba”, “Memorial de Ayres” e “Esaú e Jacob”, até obras menos conhecidas, como “Memorial de Ayres” e “Phalenas” (com a grafia da época).

O conjunto da obra é importante para contribuir com o estudo da vida e da obra do escritor. “Estes exemplares contêm muitas informações sobre o modo de produção, edição, circulação e recepção da obra de Machado de Assis, em particular, e da literatura em geral no Brasil”, explica Guimarães.  

A exposição está disponível na Sala Multiuso da Biblioteca Brasiliana, das 8h30 às 17h30 e estará em cartaz até 22 de novembro. A entrada é gratuita.