Ângulos para a magnitude de um acelerador de partículas

Ele ocupa 8 andares na USP; reportagem fotográfica detalha equipamento único no Brasil

Por Daniel Medina e Matheus Souza

A Física nuclear despontava em 1970 quando o acelerador eletrostático da USP foi o primeiro a ser instalado no mundo. Apenas começava o uso desses aparelhos para o estudo dos núcleos dos átomos.

Um acelerador fornece energia a um feixe de partículas do núcleo de um átomo, chegando a voltagens elevadíssimas, que requerem grande espaço para serem possíveis. Por isso, um acelerador de médio porte é enorme – o do Instituto de Física ocupa oito andares.

Apesar de ser antigo, ainda é extremamente importante: é apenas o segundo da América Latina, o único do seu tipo no Brasil e, diferente de outros equipamentos disponíveis pelo mundo, o uso para pesquisa é gratuito. Muitos pesquisadores vêm ao Brasil para utilizarem o acelerador.

Nele, a partícula a ser analisada se desloca desde o oitavo andar até o térreo, trajeto no qual podem ocorrer distintos processos: ela pode se espalhar elasticamente, ou fornecer parte da sua energia ou das partículas que carrega, até mesmo se fundir. Tudo isso é possível observar e acompanhar pelo acelerador.

O professor Leandro Gasques, do Departamento de Física Nuclear do Instituto de Física, acompanhou o JC pelos oito andares do acelerador. As fotos a seguir são de partes do acelerador e, aproximando alguns detalhes, pretendemos apreciar sua importância e magnitude.