Seis histórias de alunos da USP Aberta à Terceira Idade

JC acompanhou atividades do programa no Campus central; idosos de áreas desprivilegiadas são raros

Por Camila Mazzotto

Se perguntassem à filha de Maria José de Abreu se as pessoas que chegaram à casa dos 60 ainda seriam capazes de mudar, a menina, até pouco tempo atrás, responderia sem pensar duas vezes: não, não seriam. Nos últimos dois anos, quando percebeu o despertar de um tom crítico na voz da mãe ao falar de política, e a superação do medo de subir ao púlpito da igreja para discursar, ela teve, então, de coçar os olhos para acreditar: aos 70 anos de idade, a mãe havia mudado.

As mudanças são atribuídas à participação nas atividades da USP Aberta à Terceira Idade (UATI), programa fundado em 1994 que oferece às pessoas com mais de 65 anos de idade aulas gratuitas e vagas em disciplinas regulares da graduação. O JC acompanhou três iniciativas vinculadas ao programa: Projeto Estação Memória, oficina de teatro e dança, e atividade física para coluna; e conheceu seis de seus participantes.

Foto: Pedro Gabriel