Programação cultural da USP não foge do óbvio

Fora do circuito conhecido de locais e eventos tradicionais, as opções desaparecem

Daniel Terra

Centro Universitário Maria Antônia. Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

Maria Antonia, TUSP, Casa de Dona Yayá e Cinusp são os locais mais conhecidos e óbvios quando se pensa em produção difusão e cultural na Universidade de São Paulo. O JC, inclusive, sempre os noticia, e por isso o objetivo desta reportagem era tratar de locais de cultura fora do circuito marcado. E a resposta é que não existe, ou pelo menos quase não. 

Começamos pesquisando no aplicativo Entreartes – desenvolvido pela Superintendência de Tecnologia da Informação – cujo objetivo é informar sobre as atividades culturais organizadas e ocorridas na Universidade, assim como o site Eventos USP. 

O site encontra-se desatualizado: mesmo com a opção selecionada de todos os custos em todos os campi da USP, gera na busca apenas 8 eventos de grande continuidade, em média de dois a três anos atrás. Ao tentar novas buscas, o site notifica: “Ocorreu um erro ao carregar os eventos, tente novamente”.

Segundo as informações do aplicativo, os eventos culturais estão concentrados em locais como os listados no início da reportagem. Alguns departamentos dentro da Universidade, como a ECA, a Poli, a Faculdade de Educação têm se dedicado em ampliar espaços de produções artísticas por manterem grupos de teatro, dança, canto e demais laboratórios artísticos, com apresentações nesses ambientes. Mesmo assim, as divulgações estão restritas a folders em murais ou a comunicação informal. 

Nos sites como os do Instituto de Física, Faculdade de Veterinária, Geociências, Fofito, Química e FEA, a aba comum “cultura e extensão” mostra palestras e debates. “Softwares para Geologia e Mineração”, “Geologia sob a luz da Perícia Criminal” são exemplos da Geociências e “Política Agrícola no Brasil – Fundamentos e Desafios Futuros”, “Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho – Saúde mental” nos eventos da FEA.