Entre pandemias e barrancos, o JC sobrevive

 

por Camila Paim

Foto: Marcus P./Unsplash
 

Com uma equipe reduzida em 30% e integralmente digital, o JC está de volta. Não estamos nas condições ideais em que todos os alunos sonham em participar da edição de um jornal como este, que tem a fama de ser uma experiência única para a vida acadêmica. É contando com muitas planilhas e reuniões online que apresentamos a 511ª Edição do Jornal do Campus. 

Entre pandemias e barrancos, o JC sobrevive. Só não se pode dizer o mesmo do Pantanal. O bioma, que já perdeu 2,34 milhões de hectares, passa por queimadas que estão longe de serem naturais. A região próxima à Amazônia apresenta índices de chuva altos, que dificultam que a região pegue fogo naturalmente. Porém as queimadas induzidas em razão de interesses econômicos ligados à pecuária e atividades ilegais afetam o regime de chuvas, o solo e consequentemente aumentam a liberação de gases responsáveis pelo efeito estufa. 

Contudo, é inútil esperar que as mesmas pessoas que não veem a importância do uso da máscara como medida preventiva entendam os perigos da devastação da região. O aquecimento global é intensificado e habitantes da região correm risco de vida, assim como a flora e a fauna. Exemplo disso são cidades próximas relatam o aparecimento de animais selvagens, visto que seu habitat natural está em chamas. 

Também entram em foco nesta edição, a gradual retomada às aulas nas universidades federais após cinco meses e os efeitos da PL 529/2020 na autonomia e no orçamento das universidades estaduais.

É com muito pesar também, que atualizamos o Obituário de vítimas da Covid-19 que faziam parte da comunidade uspiana. Neste momento de tristeza, toda a equipe do JC se solidariza com os familiares e amigos, ratificando nosso voto de pesar pela grande perda e agradecimentos ao trabalho dedicado à Universidade.

As previsões para o plano de retomada da USP e as mudanças à adesão de disciplinas optativas nesse semestre trazem um gostinho de “quem sabe o mundo não volta ao normal”.

A maior parte das entrevistas para essa edição foram realizadas por videoconferências, e as fotos tiradas da tela do computador ou das janelas disponíveis. 

Por fim, a equipe tem o prazer de contar com o ombudsman Rodrigo Ratier, professor na Faculdade Cásper Líbero e nosso veterano de longa data, formado na mesma escola que todos nós gostaríamos de estar nesse exato momento.