A elitização dos editais de intercâmbio na USP

Segundo pesquisa realizada pelo Jornal do Campus, embora 85% dos alunos da graduação tenham o objetivo de fazer intercâmbio, apenas 44% possuem recursos financeiros para investir na viagem.

 


por Rebeca Alencar

Foto: Rebeca Alencar/JC

 

Apesar dos esforços da Comunidade Universitária para que o perfil socioeconômico da USP seja mais diverso, o que ainda predomina é a presença de alunos classe média-alta. Eles, por sua vez, possuem maior verba para destinar às atividades acadêmicas do que os demais integrantes do corpo discente, e naquelas que exigem altos orçamentos para participação, acabam tendo a garantia da experiência de modo mais fácil.

A principal delas é a oportunidade de realizar intercâmbios. Por esse meio, além da chance de estudar em outro pais, também é possível aprimorar um novo idioma, conhecer novas culturas, e principalmente, alavancar a sua preparação para o mercado de trabalho. Na Universidade de São Paulo, tudo isso se torna ainda mais possível em função dos convênios com universidades em todos os cinco continentes.

Contudo, a disposição de gastos de residir fora do país não fazem parte da realidade de boa parte dos estudantes da Comunidade USP. Dessa forma, embora os editais de processo seletivo para intercambistas sejam abertos, as condições financeiras do corpo estudantil já atua como filtro antes mesmo da seleção ocorrer de fato, o que termina por privilegiar os candidatos de maior poder econômico.

Confira agora, neste episódio do Vozes do Campus, uma análise mais profunda do contexto da elitização dos editais de intercâmbio e os prejuízos desse panorama: