Campus em cena: grupos de teatro abertos para alunos da USP

Conheça 5 grupos teatrais gratuitos e acessíveis a todos os estudantes da Universidade

por Isabel Vernier

Ensaio do Grupo de Teatro da Poli. Foto: Carolina Borin/JC

Mais do que um local de estudos acadêmicos, o campus da USP deve proporcionar experiências que ampliem os horizontes de alunos e professores de inúmeras maneiras. Uma delas é o teatro.

Com a pandemia, muitos grupos de teatro da USP encerraram suas atividades. No entanto, alguns coletivos se adaptaram a esse momento de privação de encontros presenciais, outros surgiram em meio a esse contexto, enquanto outros foram reativados com a volta das aulas no campus e novos alunos buscando se expressar através das artes cênicas.

Por isso, o Jornal do Campus traz alguns grupos de teatros abertos e gratuitos para aqueles que desejam experienciar momentos de reflexão e aprendizado com descontração e diversão.

Grupo de Teatro da Poli (GTP)

Criado em 1945, o Grupo de Teatro da Poli, GTP, iniciou suas atividades com rádio novelas. Com a pandemia, o coletivo voltou às raízes e retomou a ideia das novelas de rádio para manter a produção do grupo, conta Néia Barbosa, coordenadora do GTP.

As aulas são ministradas por profissionais com DRT que lecionam em subdivisões do GTP denominadas a partir de cores. O núcleo amarelo é destinado a iniciantes que nunca tiveram contato com a arte teatral, o núcleo vermelho é intermediário e o núcleo verde é voltado aos alunos que já passaram pelos grupos anteriores. No entanto, com a pandemia, existem dois núcleos remanescentes: o amarelo e o verde.

O grupo é aberto e gratuito tanto para alunos da USP quanto para pessoa de fora da universidade. As inscrições ocorrem no início do ano letivo e alunos da Poli e da USP possuem prioridade. As aulas duram cerca de 3 horas e meia e acontecem no Prédio do Biênio, na chamada “salinha preta”, a partir das 18h às segundas e a partir das 19h às terças-feiras a depender do núcleo.

Contato: @grupoteatropoli

Encontro do Grupo de Teatro da Poli. Foto: Carolina Borin/JC

Grupo de Teatro da ECA

O Grupo de Teatro da ECA, o GT ECA, é formado por estudantes do curso de Artes Cênicas da USP, os quais ministram os encontros do grupo. O GT ECA é um grupo aberto tanto a alunos da universidade, quanto a pessoas que não fazem parte da universidade.

O coletivo é dividido em duas turmas e os encontros ocorrem às quintas e sextas-feiras, das 18h30 às 21h, no Departamento de Artes Cênicas da USP. As inscrições para o processo seletivo ocorrem duas vezes ao ano, no início de cada um dos semestres. 

Para saber mais sobre as datas do processo seletivo, é importante se atentar à divulgação do formulário de inscrição e dos nomes dos selecionados na página do Instagram do grupo.

Contato: gteca.contato@gmail.com / @gt.eca

Química em Ação

Buscando ensinar química de forma lúdica, o grupo de teatro Química em Ação foi criado em 1985 pelo então aluno José Atílio Vanin. A principal peça do grupo, “A Química das Sensações” é encenada em escolas, principalmente para turmas do Ensino Fundamental II, com a proposta de desmistificar a disciplina e torná-la mais divertida para os estudantes. Ainda assim, o grupo também se apresenta para alunos de cursos pré-vestibulares com peças mais maduras. 

O Química em Ação é um grupo aberto a alunos de todos os cursos da universidade e pode ser contatado para levar suas peças a escolas e outras instituições de ensino. As apresentações também ocorrem no Instituto de Química, na Feira das Profissões da USP e no Dia de Portas Abertas do IQ.

Os ensaios acontecem de segunda a sexta, das 16h às 18h, no próprio instituto. O grupo fica aberto o ano todo e não possui processo seletivo. Para fazer parte, basta entrar em contato com os coordenadores, João Victor e Mary, ou então pelo e-mail do grupo.

Contato: quimicaemacao@gmail.com / @quimica_em_acao_

Grupo de Teatro Química em Ação. Foto: Arquivo do Química em Ação

Grupo Vaca Esférica – Física

Com uma proposta mais descontraída, o grupo criado em 2012 era voltado, principalmente, para jogos teatrais e oficinas. A primeira apresentação ocorreu apenas em 2014, como conta Gustavo Souto, um dos membros do grupo. 

Os encontros são guiados pelos próprios alunos, sem professores, sempre prezando pela leveza e diversão. Alunos de toda a universidade podem participar do Vaca Esférica e o coletivo está aberto o ano todo para quem quiser integrá-lo. As peças apresentadas costumam ser mais curtas, entre 5 e 10 minutos, com previsão de uma peça maior e de texto autoral no fim do ano.

No segundo semestre de 2022, o grupo se reúne às segundas, das 16h às 18h no Instituto de Física. Os encontros costumam acontecer no auditório do IF, mas o local pode variar, já que o grupo não possui um espaço fixo reservado para ele.

Contato: grupodeteatro.vacaesferica@gmail.com 

Grupo Pegadas na Neblina – FFLCH

No segundo semestre de 2020, Arthur Macedo, aluno da FFLCH, teve aulas voltadas ao teatro digital e decidiu criar um grupo de teatro com outros colegas. Com a reabertura do campus, o grupo começou a se adaptar a encontros presenciais.

O Pegadas na Neblina é mediado pelos alunos Arthur e João, graduandos em Letras. Macedo conta que as principais bases do grupo são roteiro, atuação, práticas corporais e teoria. Alguns convidados também são chamados para realizar palestras e debates.

O grupo é aberto para qualquer aluno da USP e seus integrantes podem participar tanto de peças curtas, chamadas Pegadas de Bolso, quanto de peças mais longas. O processo seletivo ocorre três vezes ao ano: cerca de um mês antes do início das aulas, em abril e em agosto.

Os encontros do Pegadas de Bolso ocorrem de segundas e quartas-feiras com cerca de 2 horas de duração. Já o grupo principal faz encontros aos sábados de manhã por cerca de 3 horas.

Arthur Macedo conta que uma das principais dificuldades de alguns grupos de teatro dentro da USP é a falta de um local fixo para os encontros do coletivo. Por isso, o Pegadas na Neblina usa três espaços: o ambiente virtual com vídeo chamadas, a sala de espelhos próxima ao bandejão central ou o anfiteatro a céu aberto de Geociências. 

Contato: @pegadasnaneblina