Por Nícolas Dalmolim
Em setembro, o Jornal do Campus completou 41 anos de atividade. Ao longo desse tempo, diversas edições abordaram denúncias que levaram a crises de segurança na USP. E, infelizmente, chegou a hora de anunciar mais uma.
Em apenas um mês, três relatos de violências sexuais contra mulheres vieram à tona na Universidade: dois de estupro e um de tentativa de estupro. Os casos foram registrados na Polícia Civil, que investiga as acusações e deve enviar pareceres ao Ministério Público (MP), o qual decide se leva as denúncias adiante.
É claro que todo cidadão é inocente até se provar o contrário, mas a reportagem de capa (p. 8 e 9) mostra que a USP tomou ações disciplinares frágeis contra os suspeitos. O resultado é a sensação de insegurança na Cidade Universitária e uma instituição que parece não responder à altura para melhorá-la.
O tema também é destaque nas eleições municipais, que acabam de entrar no segundo turno na capital paulista. Nesta edição, apresentamos como a disputa impacta a comunidade de uma universidade estadual (p. 3). Também olhamos para o papel que as forças de segurança nunca mais devem fazer, ao relembrar os horrores da ditadura a partir da diplomação de estudantes mortos pelo regime militar (p. 6 e 7).
Sentir-se seguro envolve adaptar-se ao que acontece à nossa volta. Por isso, mostramos como os uspianos foram obrigados a conviver com as queimadas e um calor sufocante em todo o estado (p. 4 e 5). Na Cidade Universitária, investigamos a forma em que a comunidade está lidando com as mudanças nos nomes e rotas dos circulares (p. 10).
Ainda apresentamos reportagens que explicam a transição da feira de profissões para um formato on-line (p. 11) e as razões pelas quais o MP quer tirar a atual vice-reitora do cargo (p. 12). Além disso, destrinchamos as diferenças de incentivo ao esporte entre as faculdades norte-americanas e brasileiras (p. 13) e um novo aplicativo que promete facilitar a vida dos alunos (p. 11).
A edição também assegura espaço para quem utiliza jornais ou murais para divulgar seus pensamentos (p. 14 e 15) e para quem aproveitou um edital para escrever sobre o passado da Universidade (p. 12). E, já que outubro é o mês da criança, nos colocamos no lugar de uma e embarcamos na história de um sonho muito real (p. 16).
Este jornal é um porto seguro para você ver e se ver na USP. Pegue, leve e aproveite a leitura.