Filas desgastam usuários

É preciso ser muito paciente e determinado para comer nos bandejões da Cidade Universitária. As filas costumam ser enormes e o tempo dos freqüentadores está cada vez mais curto. “Fico 30, 40 minutos na fila. Às vezes, demora até mais. Já aconteceu de chegar atrasada [no trabalho] por causa das filas”, reclama Cleusa Teruya, funcionária da biblioteca da Poli.

Quem também não está contente com a longa espera é a pós-graduanda Thaís Contenças. “Fui obrigada a pagar mais caro, pois não podia esperar para comer no bandejão”.

O tempo gasto nas longas filas não é a única reclamação. A abertura de novos postos de vendas de tíquetes é uma reivindicação unânime entre os usuários. “Toda vez tem que vir aqui para comprar. Isso é péssimo!”, reclama Márcia Aguillar, mestranda da Inter-unidade de Ensino em Ciência. Quem não tem tempo de ir ao posto da Coseas, acaba comprando de cambistas.

Para Andréa Pappi, da FEA, o problema da venda de tíquetes, é pequeno se comparado à falta de educação de alguns usuários. “Deixei de ir ao bandejão da Física por causa do povo que fura fila. Tinha dias que chegavam turmas de 15, 20 pessoas e entravam na nossa frente”.
Respostas

Sobre as reclamações dos freqüentadores, Rosa Maria Godoy, diretora da Coseas, dá algumas explicações. Ela informa que uma centralização de vendas de tíquetes no bandejão Central ocorreu para evitar assaltos e diz ainda que há um projeto para a construção de um novo posto no bandejão da Química.

Rosa Maria Godoy faz um comentário sobre a ação de cambistas: “Estamos tentando reprimir essa prática ilegal, mas, enquanto houver pessoas que compram, a prática se efetuará”.

Para resolver o problema da longa espera, a solução encontrada pela Coseas, a curto prazo, é uma maior fiscalização contra os fura-filas.

Futuramente, essa questão será resolvida com a ampliação e modernização dos restaurantes universitários quando será construída uma central de produção com unidades satélites de distribuição das refeições.