Campus Butantã implementará aluguel de bicicletas inspirado em modelo francês

O PedalUSP, projeto de compartilhamento de bicicletas inspirado no modelo utilizado em cidades francesas e semelhante ao existente no metrô de São Paulo, deverá ser instalado na Cidade Universitária até o final desse ano. O modelo prevê diversas estações automáticas espalhadas pelo campus. Utilizando a carteirinha USP, alunos, professores e funcionários poderão retirar a bicicleta em uma estação e a devolver em qualquer outra.

O projeto foi criado por dois alunos de Engenharia Mecatrônica da Escola Politécnica (EP), para seus trabalhos de conclusão de curso, e tem apoio da Coordenadoria do Campus da Capital (Cocesp). Maurício Villar e Maurício Matsumoto fizeram parte de suas graduações na França e trouxeram de lá a inspiração. “O objetivo é que as bicicletas sejam utilizadas como meio de transporte, não como lazer ou para esporte”, afirma Villar.

O protótipo das estações fica pronto nas próximas semanas, mas a instalação ainda demora. A universidade não irá arcar com os custos financeiros do projeto, e no momento, procura-se financiamento para a ideia. O serviço, que contará com uma central de atendimento e de manutenção de equipamentos e bicicletas e com um caminhão para deslocar as bicicletas, equilibrando sua distribuição em cada estação, será feito por empresa terceirizada.

Até o final do ano deve ser instalado o projeto-piloto, com cerca de 100 bicicletas em apenas parte da cidade universitária – provavelmente na área plana entre as portarias um e dois. Somente após esse período o Pedalusp chega a toda cidade universitária, com cerca de 500 magrelas.

Como funciona o compartilhamento de bicicletas (infográfico: Alice Agnelli/Divulgação)

Conhecer antes de usar

Assim que ficarem prontas, as duas estações do protótipo passearão pela USP, um dia em cada unidade, para serem apresentadas à comunidade, que poderá conferir de perto seu funcionamento.

Detalhes do aluguel ainda não estão definidos. Eventualmente, poderá ser cobrada uma taxa pela utilização das bicicletas. Também não foram estabelecidas as medidas que serão adotadas para prevenção de furtos.

“Inicialmente o projeto será para uso de alunos, professores e funcionários, mas depois poderemos avaliar o cadastramento de outras pessoas que passam pela USP, como moradores da São Remo. Também teremos de garantir a circulação das bicicletas – a ideia é que eu a pegue, me desloque e a devolva em outra estação. Se retirar a bicicleta e ficar com ela durante o dia inteiro, o compartilhamento não funciona, faltarão bicicletas”, explica Villar.

Uma tarde de debate será chamada no mês de junho a fim de que toda a comunidade USP discuta e opine sobre o projeto e os detalhes de sua instalação.