Projeto prevê integração do Circular com estação de metrô e CPTM

A Coordenadoria do Campus da Capital (Cocesp) está buscando meios de tornar a integração entre o campus Butantã e a linha metroviária mais simples e rápida. A solução encontrada é a reforma do sistema de transporte da universidade, com a criação de uma nova linha circular que rodaria também fora do USP. A ideia é não só integrar a Universidade às estações de metrô e trem mais próximas, mas também diminuir o fluxo de carros dentro do campus Butantã.

Segundo a Divisão de Relações Institucionais da Cocesp, dirigida por Cristina Guarnieri, “as duas linhas circulares que já existem podem sofrer modificações nos seus itinerários nos próximos meses”, o que está em estudo pela Cocesp e por um grupo de estudos que envolve alunos e docentes da Poli. No entanto, Cristina afirma que não há previsão de corte de nenhum deles e que a linha da Ponte Orca, que liga hoje a estação da CPTM Cidade Universitária à estação Vila Madalena do metrô, também não deve sofrer alterações.

O novo trajeto será feito por uma terceira linha, a qual circularia pela região da futura estação Butantã do metrô e pelo Largo da Batata, podendo passar também pela estação Hebraica-Rebouças da CPTM.

Possíveis pontos por onde a nova linha do circular deverá passar; trajeto terá cerca de 20 km (Gráfico: adaptado do Google)
Possíveis pontos por onde a nova linha do circular deverá passar; trajeto terá cerca de 20 km (Gráfico: adaptado do Google)
Opinião dos alunos

Muitos alunos gostaram da notícia, mas têm receios quanto ao tempo de espera pelo circular, que pode se tornar ainda maior do que é hoje. “Minha preocupação era o trânsito, mas acho que a demora vai depender de quantos ônibus colocarem para circular”, diz o aluno de mestrado da Poli, Pierre Cardec. Edivaldo Zanoli, aluno do IME, teme pelo mesmo. “Se o número de circulares não aumentar, não vai funcionar”, diz, queixando-se dos circulares sempre lotados e do intervalo entre eles ser maior que o tempo para chegar ao local desejado.

O projeto, que é uma parceria com a SPTrans, está em fase de estudos e ainda não se sabe se o serviço será gratuito. “A USP estuda desembolsar verba complementar para que não haja cobrança da passagem de alunos, docentes e funcionários”, diz Cristina. O modo como essa gratuidade pode ser viabilizada é o grande desafio de todo o plano. “Pelo projeto, os demais usuários da linha devem pagar tarifa”.

Os ônibus da nova linha devem circular em intervalos de dez minutos e fazer um trajeto de 20 quilômetros. Nos dias úteis, funcionarão nos mesmos horários dos circulares: das 6h10 às 23h55. Aos sábados e domingos, das 7h às 16h. A nova linha circular da USP deve começar a operar no final de 2010, para quando está prevista a entrega da futura estação Butantã do metrô.